Por Antônio Carlos Vieira
Atualmente os livros
didáticos nas escolas públicas são comprados pelo governo, para
uso dos alunos ou para serem colocados nas bibliotecas, e fiquei
imaginando como são escolhidos esses livros. Em algumas escolas
existem as chamadas Reuniões Pedagógicas onde os professores
reunidos dão sugestões para compras dos livros didáticos. Só que
neste uso do livro didáticos é bom observarmos alguns problemas:
Nem sempre o governo
respeita essas indicações feita pelos professores para compra deste
livros e quando respeita esses livros nem sempre chegam em tempo
hábil para o ano letivo para o qual são adquiridos. Isso compromete o ano letivo;
Quando esses livros são
comprados em licitações onde apenas uma Editora é escolhida, o
livro comprado é usado em toda a Rede Pública de Ensino, como se as
escolas e os alunos fossem iguais em todo o território nacional.
Quando se fala em Educação a Distância, os livros são os mesmo
para todo o território nacional e para todas os alunos em qualquer localidade
deste imenso país. Fica a impressão que os costumes e a cultura
deste pais são homogêneos;
As editoras que
confeccionam esses livros também não são lá em grande números,
mesmo existindo uma licitação a concentração do mesmo conteúdo
existentes nestes livros permanecerão devido a falta existência de
uma pluralidade nas editoras existentes e tem o agravante que essas
editoras se concentram na Região Sul e Sudeste;
Os autores responsáveis
pelo conteúdo destes livros didáticos são geralmente em sua grande
maioria pessoas residentes nas Regiões Sudeste e Sul e portanto
difundem neste livros, em maior número, as informações existentes
nestas regiões;
Como agravante dessa
homogeneidade das informações, as editoras geralmente pertencem a
algum grupo mediático. Como exemplo podemos citar a Rede Globo que é
dona da Editora Globo.
Essa concentração das
editoras, geralmente ligadas aos grande meios de comunicação, faz
com que somente as informações importantes, para o grupo de pessoas
que controlam essas editoras, serão passadas para a população.
Isso faz com que um aluno morando em uma pequena cidade do interior
da Região Nordeste saiba mais sobre os Estados e cidades da Região
Sudeste e Sul do que a própria região onde reside. Em alguns casos
ele nem conhece fatos e história da própria cidade onde nasceu e
vive.
Mas, o mais agravante é
que com esse poder de concentração, somente as informações que
interessam a esses grupos é que serão difundidas e com isso
conseguem um grande poder de manipulação da população. Vamos
citar alguns exemplos:
Se essas empresas
resolverem divulgar um produto e prejudicar as vendas de alguns
concorrente, basta que ele não divulgue a existência do concorrente
e a população só irá consumir o produto informado por não saber
da existência do concorrente.
E a divulgação de
cidades turísticas nestes livros??? Eles informam a que acharem
melhor e omitem a existência de outras e essas pessoas irão
procurar somente a que foram informadas.
Se juntarmos o poder de
manipulação das informações contidas nos livros didáticos e a
união destes com a chamada grande imprensa, iremos perceber que os
donos destes meios de comunicação são detentores de um grande poder, de manipulação, junto a sociedade, a nível nacional.
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