domingo, 18 de maio de 2014

SOLTANDO OS NEGROS E LIBERTANDO OS ANIMAIS

É muito comum assistirmos nos diversos programas, principalmente de televisão, sobre ecologia, vermos animais serem libertos para manutenção da espécie. Em alguns desses programas passam os procedimentos e critérios para se soltarem esses animais em seu ambiente natural.

A grande maioria desses animais são apreendidos entre pessoas que: criam os animais sem os devidos tratos (as vezes sem autorização dos órgãos competentes), vendedores inescrupulosos e até mesmo entre traficantes internacionais. Grande parte desses animais, quando da apreensão, estão em estado de saúde debilitados devidos aos maus tratos.

domingo, 11 de maio de 2014

A morte da imaginação

Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas.


Jacques Gruman

Nunca entendi essa obsessão por sorrisos em fotografias. Deve ser um conluio com os dentistas. (Nora Tausz Rónai)

Reza uma antiga lenda que dois reinos estavam em guerra. Os perdedores acabaram condenados ao confinamento do outro lado dos espelhos, um primitivo mundo virtual em que eram obrigados a reproduzir tudo o que os vencedores faziam. A luta dos derrotados passava a ser como escapar daquela prisão. O genial Lee Falk inspirou-se nesta narrativa para criar, na década de 1940, O mundo do espelho, para mim uma das mais aterrorizantes histórias do Mandrake. Espelhos foram, aliás, protagonistas de algumas sequências cinematográficas assustadoras. Bóris Karloff, um clássico do gênero, aproveitou muito bem o medo, que desde crianças carregamos, de que nossos reflexos nos espelhos ganhem autonomia. Ui! Já imaginaram se isso virasse realidade? Teríamos que conviver com nossos opostos, um estranhamento no mínimo desconfortável. Os quadrinhos exploraram o assunto também na série do Mundo bizarro, do Super-Homem. Era um nonsense pouco habitual no universo previsível dos super-heróis.

Estava pensando nos estranhamentos do mundo moderno quando me deparei com uma pequena nota de jornal. Encenava-se a ópera Carmen, de Bizet, no Theatro Municipal do Rio. Suponho que a plateia, que pagou caro, estava mergulhada na história e na interpretação da orquestra e dos solistas. Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando os e-mails, dedinhos nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra indispensável para a fruição plena do espetáculo? Como esse tipo de desrespeito está entrando na “normalidade”, apenas uma pessoa esboçou reação. Uma espécie de angústia semelhante à incontinência urinária se espalha como praga nas relações pessoais e no uso dos espaços público e privado. Tudo passou a ser urgente. Todos os torpedos, e-mails e chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende a se diversificar, já há gente que conversa (?) e olha o computador ao mesmo tempo, como aqueles lagartos esquisitos cujos olhos se movimentam sem aparente coordenação. Outros participam de reuniões sem desligar sua tralha eletrônica (na verdade, não estão nas reuniões). Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada à distância e por outros.

Outro estranhamento vem da inundação de imagens, aflição que chamo de galeria dos sem imaginação. Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a enorme maioria delas sem o menor significado e perfeitamente descartáveis. O Instagram recebe 60 milhões de fotos por dia, ou seja, quase 700 fotos por segundo! Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no horror em estado bruto, que Cartier-Bresson esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics.

Essa história dos sorrisos foi muito bem notada pela Nora Rónai, que citei logo no início. Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de “estar bem”. Afinal de contas, quem vai querer se exibir no Facebook ou nas trocas de mensagens com uma ponta de melancolia ou, pelo menos, um suspiro de realidade? O mundinho virtual exige estado de êxtase permanente. Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa personalidade. O resto é fofoca. Eric Nepomuceno, tradutor e escritor, fez o seguinte comentário sobre seu amigo Gabriel Garcia Márquez, que acabara de morrer: “Tudo o que ele escreveu é revelador da infinita capacidade de poesia contida na vida humana. O eixo, porém, foi sempre o mesmo, ao redor do qual giramos todos: a solidão e a esperança perene de encontrar antídotos contra essa condenação”. Nada que essas maquininhas onipresentes possam registrar, elas que jamais entenderiam a fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em linha reta, que começa assim: “Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Mais adiante: “Arre, estou farto de semideuses. Onde é que há gente nesse mundo ?”.

A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar! Tira-se uma foto da aparência de ambos, coloca-se no Instagram e ... pronto. O mundo inteiro será testemunha de um momento íntimo, talvez o mais íntimo de todos. Meu estranhamento vai ao paroxismo. É a esse mundo que pertenço? Antigamente, era costume dizer que o que não aparecia na televisão não existia. Atualizando a frase: pelo visto, o que não está na rede não existe. É a universalização do movimento apenas muscular, sem sentido, leviano, rapidamente perecível.

Durante o exílio, o poeta argentino Juan Gelman passou um bom tempo sem conseguir escrever. A inspiração não vinha. Disse ele: “A poesia é uma senhora que nos visita ou não. Convocá-la é uma impertinência inútil. Durante uns bons quatro anos, o choque do exílio fez com que essa senhora não me visitasse”. Quando, finalmente, a senhora chega, tudo muda, como narra o poeta: “A visita é como uma obsessão. Uma espécie de ruído junto ao ouvido. Escrevo para entender o que está acontecendo”. Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos. Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone.

Texto originalmente publicado: CARTA MAIOR

Texto replicado : CARLOS GEOGRAFIA

sábado, 3 de maio de 2014

Por que me exonerei de meu cargo efetivo de Professor da Educação Básica II do Estado de São Paulo depois de somente 3 semanas.


Graduei-me em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cerca de 700km longe de minha casa. Não posso mentir dizendo que passei dificuldades financeiras para tal até porque, apesar de não haver luxo, nunca me faltou nada: alimento, xerox, material, livros, e até mesmo lazer. Mas não podemos negar que foi um investimento pessoal.

No sétimo semestre do curso decidi que queria ser professor. Também não posso mentir dizendo que não sabia onde estava pisando, pois sabia que é uma profissão desprestigiada financeiramente, e em alguns casos até mesmo moralmente. Mas segui e sigo com este desejo.

Após me licenciar, fiquei por anos sem exercer a docência: passei pelo administrativo de uma escola particular, pelo trabalho temporário do IBGE, por bico como instrutor do idioma esperanto, até chegar a servidor técnico-administrativo de nível médio da rede federal de ensino, na qual fiquei por 03 anos. Quando servidor federal, pude fazer duas pós-graduações em nível de especialização além de um curso de aperfeiçoamento, e hoje sou segundoanista do curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Sou um "buscante" do conhecimento, mas nada me valia não aplicá-los um pouco que fosse, pois vivia encarcerado numa burocracia administrativa que particularmente me desumanizava. Também, portanto, não venha com a máxima embolorada do "quem sabe, faz; quem não sabe, ensina". Porque, modéstia a parte, sei alguma coisa!

Esclareço dizendo que não foi o concurso do Estado de São Paulo (no qual passei em 7º lugar, enferrujadíssimo, diante de uma amplíssima concorrência) o definidor para me exonerar de meu emprego federal, mas sim um outro concurso em uma prefeitura de minha região (no qual fiquei em 1º lugar), que paga muito "menos pior". Comparem:

Prefeitura - R$1590,00 por 10 aulas de efetivo exercício em classe;

Estado - R$677,00 por 09 aulas de efetivo exercício em classe.

Sim, no estado mais rico do Brasil e o mais caro para se viver! Contudo, como fui bem sucedido nos dois concursos e o acúmulo dos dois é legal, resolvi abraçar o estado e pegar uma escola estadual para a qual pudesse me locomover a pé, me garantindo qualidade de vida. E é aí que minha desilusão começou, a partir dos exames admissionais: são tantos exames, e praticamente impossível fazê-los todos pelo SUS e/ou convênio (isso quando o pobre do professor tem um), que o gasto chega a ser exorbitante, e eu particularmente senti-me um candidato à NAASA! Já depois de começar a exercer a docência, torna-se impossível estar nas duas redes e não fazer comparações de todos os tipos (e olha que a prefeitura está longe de ser perfeita), estas não só salariais mas de estrutura, de ambiente, e de condições de trabalho em geral. Pensei "tudo bem, vou fazer pelos estudantes", mas as próprias condições objetivas tornam tudo impossível para qualquer trabalho satisfatório, o que me fez ficar frustrado e sentir-me impotente diante da barbárie:

- Há uma verdadeira sopa de letrinhas que dividem e até mesmo rivalizam os professores da rede estadual paulista. A regra do Governo é "dividir para reinar". E me assustei com a falta de consciência de classe e até mesmo de união entre muitos professores. Mas também, professores eventuais, categorias O, categorias F e efetivos dividem a mesma sala dos professores, atuam na mesma situação bárbara, e recebem tratamento diferenciado. E sim, apesar de eu ter sido efetivo, toda essa precarização me atingia, e como sociedade ainda me atinge;

- Não há livros para todos os estudantes ou, quando há, a distribuição é falha. Cabe aqui a hashtag #comofaz;

- A aprovação automática (que é bem diferente do conceito de progressão continuada) é um verdadeiro crime não só por ridicularizar o trabalho do professor, mas também por boicotar o processo de ensino-aprendizagem dos próprios alunos;

- Na escola onde eu estava lotado, por exemplo, não há sequer um mapa mundi. O giz nem sempre se faz escrever sobre a lousa. A apostila é péssima, o livro um pouco melhor. Como ensinar Geografia assim, com a concorrência dos diversos eletrônicos que os estudantes consomem e tentam utilizar escondidos de nós professores? Eu finjo que ensino, eles fingem que aprendem? Não precisam responder esta! Vejam, não quero alunos com tablets e toda uma parafernalha (aliás, soy contra!), mas que exista pelo menos o mínimo;

- As perspectivas de carreira são horríveis, em todos os sentidos. Os incentivos para pós stricto sensu são, na maioria das vezes, para quem dá aula exclusivamente no estado: alguém consegue viver bem assim? Quase todos os abordados por mim diziam que estavam lá para terem "mais uma aposentadoria", mas mesmo assim questionavam-se se estava valendo a pena. Outros eram professores novos, como eu, que estavam lá por se tratar da primeira oportunidade;

- A carga horária das disciplinas não possuem qualquer lógica, e no Ensino Médio as ciências humanas pagam o pato de ter bem menos aula que o necessário. Alguém me ensina como fazer um trabalho satisfatório - nas condições acima, para piorar - dando só uma aulinha semanal para um terceiro ano do Ensino Médio, cuja maioria está ávida para entrar numa universidade?;

- Antes de assumir o cargo, passei na escola para mostrar meu horário da outra rede, para fins de acúmulo legal, para que já pudessem arrumar (já no início do ano) meu horário para segundas e sextas-feiras. Conseguiram distribuir, apesar disso, 9 aulinhas em 4 dias da semana em horários bem diferentes, chocando não só aulas das duas redes, mas também aulas na própria escola (!!!). Mais uma vez prejudicado pelo sistema;

- Ficamos reféns dos estudantes e não há qualquer suporte. Estaria mentindo se disser que cheguei a ser refém de violência, mas sim, afrontas são frequentes e não existe nem a opção de deixar quem não está a fim de assistir aula para fora e dar aulas para quem está interessado. Somos obrigados a reter todos em sala de aula como se fosse creche, e contraditoriamente não há como reprovar. O negócio é empurrar com a barriga. Mas ai se não cumprir com todas as tarefas burocráticas... Aluno fugiu correndo da sala de aula? Culpa do professor! Lá vem o inspetor capitão do mato... Não, ambiente nada saudável para se trabalhar;

- Falando em burocracia, hora de entregar as notas. "Mas eu acabei de chegar, não pude aplicar nada, e ninguém antes de mim aplicou nada também!". "Ah, faça qualquer coisa, peça um trabalhinho". "Mas houve feriado neste mês, meu horário está desorganizado, dou poucas aulas, e não sei o nome de ninguém.". "Ah, mas tem que entregar as notas, professor!". "Mas que notas?! Avaliar como, que aprendizado, se comecei agora e nada do programa foi ensinado?". "Ah professor, são os prazos". "Ah, deixa pra lá...". Essa é a droga da educação estadual em uma escola considerada "filé", "modelo", etc, mesmo havendo todos os tipos de dificuldades (até mesmo para ENTRAR na escola, dada a falta de funcionários em suficiência), e... bombas;

- Dar aula no período noturno, em muitos locais, é uma aventura. Diversos perigos no trajeto casa-escola, escola-casa, ou - para muitos - uma escola para outra. Tive o desprazer de ter a única aula do período noturno (antes sendo a primeira de segunda-feira, próxima à última vespertina, a qual também ministrava) isolada para a última de quarta-feira "porque não tinha como deixar como estava" (sendo que era a única aula que não dava problemas pra mim, seria um castigo disfarçado?), quando faço outro curso superior e já havia trancado uma disciplina da universidade na segunda-feira. Imaginem que delícia ter de perder mais a disciplina da universidade de quarta (o dia inteiro) só para me deslocar à escola e dar uma única aulinha... Imaginem como estava 'feliz'. Mas não posso reclamar, né? Afinal "não é acúmulo legal, você não trabalha em outro órgão público durante o período noturno"... "Muitos professores que dão aula em Bertioga gostariam de estar aqui no seu lugar...". Ah tá, legal, mas minha própria condição de universitário me possibilita bolsas com melhor relação custo x benefício, bem menos dor de cabeça, e ainda ganho linha no tal currículo Lattes.

Assim meu ideal de promover educação para os filhos da classe trabalhadora foi para o saco no caso da rede estadual paulista. Não estou para brincar ou para fingir. Não sou professor "tia maricota" ou "leitor de apostila". Prefiro ficar na rede municipal na qual estou, quem sabe complementar a carga para ganhar mais e ter menos dor de cabeça. Ou então pensar em algum tipo de bolsa na UNIFESP, já que também sou estudante de graduação lá. Ou quem sabe algumas aulas em algum cursinho popular ou até mesmo escola particular caso fique necessitado de dinheiro... Só sei que o estado de São Paulo só vale a pena no caso de ser a última opção para quem está com a corda no pescoço, por isso o entra e sai de professores é tão grande, até por parte dos efetivos concursados como foi meu caso, várias matérias jornalísticas mostram isto. Simplesmente não vale a pena, e sei que não fui o único. Desejo sorte e dou toda a solidariedade aos camaradas que ficam lutando na trincheira, tirando leite de pedra, alguns em escolas melhores que a minha, outros em bem piores... Mas todos sofrendo com o salário achatado, os horários esdrúxulos, a desvalorização, o assédio moral como regra, os acertos desfeitos, o conflito professor x aluno que a cada dia se acirra mais, dado os estudantes que são educados exclusivamente pela TV, a parte imbecil da internet, e o Whatsapp.

Deste "maior concurso do magistério do estado de São Paulo" já foram chamados alguns professores, e está sendo chamada a segunda leva. Alguns, como eu, já se exoneraram. Outros, vão aguentar por não terem outra opção. E o exército de professores eventuais, contratados em caráter precário, e contratados estáveis, continuará existindo de maneira massiva mesmo depois de rodar toda a lista do concurso, para o mal da educação pública. E para o bem estrito do demotucanato paulista (a quem não interessa educar ninguém de fato, nem mesmo de maneira utilitária, menos ainda emancipatória), de alguns burocratas asseclas, da Veja (que fala que professor é vagabundo, doutrinador, e se a educação vai mal a culpa é dele), e de certo rol de "pedabobas" que nunca pegaram um giz na mão mas têm ataques de diarreia pedagógica por meio do mundo mágico de teóricos dos quais nunca leram um livro inteiro. Para mim, deu. Toda a solidariedade a quem me substituir, mas estou fora... Tenho outras cartas na manga, e nunca fiz qualquer concurso público só pelo "sonho da estabilidade".

Enquanto isto, quem não pode, vai aguentando as bombas, os desacatos, as imoralidades, o sindicato pelego, o esforço indo em vão, os estudantes colocando-os contra a parede e, estes docentes, sendo genis de vários tipos de gente e da cara de pau do governador e seus parceiros no horário eleitoral falando de números esdrúxulos... E aí, por fim, a equipe da direção tentando apagar vários incêndios ao mesmo tempo... GREVE? A própria APEOESP (sindicato) barra após acordo de cúpula, junto com colegas pelegos, e até mesmo a própria Polícia Militar.

Vou me embora, assim sendo, e não é para Pasárgada não. Em três semanas desenvolvi sintomas que só fui conhecer depois de mais de três anos de serviço federal! Enquanto uma revolução não acontece, sigo com meu esboço de projeto de vida. Estado de São Paulo, volto só se mudar MUITO a conjuntura. O que parece ser impossível, face o reacionarismo padrão dos paulistas (OBS.: antes de me xingar, sou paulista também!). Então sigo do meu jeito... Infelizmente para mim, infelizmente para os alunos com brilho nos olhos, infelizmente para a educação como um todo.

Texto replicado deste endereço:
http://www.felipequeiroz.net/news/por-que-me-exonerei-de-meu-cargo-efetivo-de-professor-da-educa%C3%A7%C3%A3o-basica-ii-do-estado-de-s%C3%A3o-paulo-depois-de-somente-3-semanas-/

FELIPEQUERIZ.NET