A política de destruição da Educação, principalmente do magistério, apresenta resultado cada vez mais caóticos. Dentro de apenas 6 anos, de acordo com levantamento realizado pelo MEC (Ministério da Educação), cerca de 40 % dos professores do Ensino Médio (507 mil professores), se aposentarão. Para piorar este quadro houve diminuição de 16% de formados em cursos de licenciatura entre os anos de 2010 e 2012.
A projeção do Ministério da Educação também mostrou que 34,67% dos docentes estão na faixa etária de 30 a 39 anos, isso significa que dentro de mais ou menos 15 anos outros 40% também completarão idade mínima para se aposentar.
As péssimas condições de trabalho e os baixíssimos salários, aliados ao sucateamento e abandono do ensino público são os principais fatores que tornaram a profissão docente nada atrativa. Isso se comprova pelo número de concluintes em diversas disciplinas do currículo, principalmente na área de exatas. Dos poucos que iniciam cursos nessa
área, apenas 14% concluíram Física, 13% Biologia, 10% Química e 21% Matemática, as altas taxas de evasão são um dos principais vilões. Os números se mostraram positivos apenas em Geografia, História e Artes.
área, apenas 14% concluíram Física, 13% Biologia, 10% Química e 21% Matemática, as altas taxas de evasão são um dos principais vilões. Os números se mostraram positivos apenas em Geografia, História e Artes.
Também foi identificado no estudo que o número de professores que ministram aulas sem ter a formação específica na disciplina é alta, um bom exemplo é Sociologia onde 88% dos professores não tem formação, seguido por 78% que lecionam Arte e Filosofia, vale ressaltar que a meta 15 do PNE estabelece que até 2024 todos os professores estejam formados em sua área de atuação.
Um dos fatores que explica tamanho déficit está justamente em uma das metas do PNE que não é cumprida, a de numero de 17. Ela estabelece que até 2020, os professores deveriam ter seus salários equiparados à média do que é recebido pelos demais profissionais com ensino superior, algo em torno de R$ 5 mil, mas o piso nacional da categoria não chega a R$ 2 mil. Em São Paulo, o Estado mais rico da federação, por exemplo, os professores recebem menos de 50% dessa meta e estão há mais de um ano sem qualquer reajuste nos salários, ameaçados de dezenas de milhares de demissões pela “reforma do ensino médio” e pelo fechamento de milhares salas de aulas.
A situação evidencia a necessidade de ampliar, e muito, a luta contra os ataques à Educação Pública, em todo País, colocando nas ruas professores, funcionários, pais e estudantes contra a destruição do ensino público.
Texto original: CAUSA OPERÁRIA
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