Por Antônio Carlos Vieira
Segundo o IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo .
Segundo o IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo .
Se formos analisar, de maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu costumo classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto Total, o Analfabeto Funcional, o Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de Cidadania (ou político).
Esse é o tipo de analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de se mensurar e quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o cuidado ao analisar e efetuar essas pesquisas. Costuma-se classificar as pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas e não é bem assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa facilidade e não sabem ler e nem escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas palavras o suficiente para identificar o próprio nome.
O Analfabeto Funcional
Em termos de pesquisa quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O problema consiste que este tipo de analfabeto sabe ler, escrever, não consegue interpretar e consequentemente não entende o que está lendo. O problema do Analfabeto Funcional está aumentando a cada dia e hoje é comum se encontrar até mesmo nas universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo com que as pessoas analfabetas total aprenda a ler e escrever, mas não aprendem a interpretar uma leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação).
O Analfabeto de Conteúdo
É muito comum está se discutindo um determinado assunto com determinadas pessoas (até mesmo universitários) e se percebe que a mesmo está se colocando, sobre o assunto, fora do contexto simplesmente por não conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto costuma escrever bem, falar bem e sente a sabedoria em pessoa, por tal motivo, mas quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele só escreve bem, fala bem e falta conteúdo.
Quando entrei na Universidade uma das primeiras frase que os professores deixaram bem claro foi: “procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento”, que isso não demonstrar ignorância simplesmente pelo fato que a pessoa não é obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar habilidade e argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse tipo de analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento criticando os seus erros de português, os erros ortográficos, seu vocabulário e deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado. Você vai encontrar muito desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não serve pra nada.
O Analfabeto Político
Este tipo de analfabeto eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que o analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como funciona o seu estado, a forma de fazer política em sua sociedade, os direitos e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só procuram aprender os direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação universitária, não tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de Estado quando estava na Universidade!!!), propriedade, os interesses na sua formação e controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma pessoa entender de todos os assuntos, mas pelo menos deveria saber dos assuntos pertinentes a sua sociedade e do lugar onde vive.
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Olá, Antônio Carlos!
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Mas você esqueceu um outro tipo de analfabeto; é o analfabeto pragmático: aquele que sabe ler e escrever, sabe compreender o que lê, sabe colocar de forma correta o assunto na hora certa e conhece as funcionalides do Estado, com seus direitos e deveres, mas não coloca em prática todo esse conhecimento, ficando apenas em escritórios e gabinetes bem aclimatados com seus discursos pomposos e suas ideias muito bem colocadas e arquitetadas. Ou seja, tem todo o conhecimento, mas não serve para nada.
É o exemplo da maioria das autoridades cheias de discursos bonitos e gradiloquentes, mas que servem apenas para "dar corda" em nossa gente!
Como meu pai me ensinou a comer feijão e não "corda", eu não entro nessas!
Um abraço!
Professor João Mendonça, esse não é analfabeto e sim desonesto mesmo.....
ExcluirAntonio Carlos Vieira e João Mendonça, duas feras....
Excluirboa tarde tenho um aluno que ele sabe lê, mas não sabe interpretar e também não entende o que esta lendo, porém quando o professor lê para ele, ele consegue interpretar e entender. O que fazer?
ExcluirAcredito que isso seja um hábito adquirido por crianças que se acostumaram que alguém sempre lê para eles (era o meu caso). A única maneira é fazer com que ele leia e consiga interpretar por si mesmo. Um bom começo é colocar leituras de assuntos que ele gosta.
ExcluirVAMOS RESOLVER UM DIA!!!
ResponderExcluirAmigo Antônio Carlos:
Você foi muito feliz no que escreveu.
Cabe tabém aqui, para ninguém...
Reclame a ninguém.
Ninguém é um cara honesto, não faz mal a ninguém e também não faz bem a ninguém.
Ninguém nunca está pior e nem "mior" e como aqui no Brasil está cheio de ninguéms é só reclama pra todo mundo que está reclamando pra ninguém e como ninguém está em todo lugar, inclusive você, ninguém te escuta pensando que você(ninguém) não irá reclamar pra ninguém e se você estiver ficando doido eu também e pode ter certeza que nem e nem você não podemos reclamar pra ninguém por que não sabemos a quem!!!!
Ao ler na Folha de São Paulo que o "MEC ira propor a fusão das de disciplinas do ensino médio" (http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1138076-mudanca-no-ensino-medio-e-boa-mas-dificil-de-aplicar-dizem-educadores.shtml), imediatamente lembrei-me do seu excelente artigo sobre analfabetismo. Nas Universidades, inclusive no nível de pós-graduação, "convivo" com o "Analfabetismo Funcional Crônico", pois a além de não saber ler e interpretar, têm o total desinteresse de aprenderem a interpretar uma leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação). Parabéns pelo texto. Se me permite, gostaria de reproduzí-lo no meu blog (http://profamarins.blogspot.com)
ResponderExcluirEu ouço essa história de fusão das disciplinas desde que terminei o segundo grau. Só que ano após ano o que acontecia era justamente o contrário, criação de mais e mais disciplina(História da Africa (alguns chamaram de História dos Afrodescendentes), Geografia da África, Religião, Educação no Trânsito, etc). Agora estão querendo fazer o contrário!!!! Eu sempre perguntava: pra quê criar uma nova história? Não bastaria que os professores de história e Geografia colocassem no planejamento um módulo para tal????
ExcluirE quem é que te disse que nas escolas ensinam a escrever cartas? Foi a época meu caro!
ResponderExcluirHoje não se escreve nem cartas e provavelmente muitos alunos no futuro não saberão o que é uma carta!!! Certamente só existiram mensagens digitais, as referidas trocas e não saberão o que é um texto completos por que nunca irão além de um ou dois parágrafos por mensagens.
ExcluirEm uma página que pretende discutir a Educação, é lamentável encontrar tantos erros em um texto tão pequeno, que questiona o saber ler e escrever!!! Transcrevo, só para exemplificar: "não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo ."(sic)
ResponderExcluirJá dá pra perceber que você não sabe nem o objetivo principal do texto (pode nem ter lido o texto), que se utiliza de uma classificação dos diversos tipos de analfabetismo para transmitir um conteúdo. Tanto é que você procurou desclassificar o texto querendo mostrar erros ortográficos (nem isso fez) e nem comentou o conteúdo do texto. Se lê o terceiro item dos tipos de analfabetismo ele fala sobre isso. Quer me convencer que um carro estando com pintura boa, os banco intactos, pneus bons, mas o carro está com problemas no motor, será que ele sairá do lugar?
ExcluirOlá, professor,
ResponderExcluirConfesso que ignorava a existência de tantas formas de analfabetismo. Desses, o analfabetismo político (onde se incluem os que se autodenominam de “apolíticos”) e de conteúdo (o safo arrogante, diria) tendem a se tornar os mais comuns no país, seguido talvez do analfabetismo total, acredito que ainda bem freqüente, principalmente em regiões de baixa densidade populacional. Na cabe discutir aqui se os conceitos (ou categorias) utilizados encontram respaldo em estudos sociológicos, mas seria interessante se pudesse utilizá-los como leitura obrigatória na formação de professores (...) e demais cursos de graduação.
O conteúdo do blog pode ser usado por qualquer pessoa, a única exigência é citar o autor do mesmo.
ExcluirAo se falar em analfabeto, para uma sociedade que busca o lucro acima de qualquer outra coisa,dentro de um país que possui uma das piores distribuição de renda,fica uma pergunta: que educação as classes dominantes querem para os pobres? Tem aluno que não sabe escrever carta e nem mesmo o nome do remetente caso seja ele a enviar a referida carta. A culpa é do aluno? Saibam que mesmo não sendo analfabetos, fazemos parte dessa parcela da sociedade que teve o privilégio de estudar.
ResponderExcluirboa tarde tenho um aluno que ele sabe lê, mas não sabe interpretar e também não entende o que esta lendo, porém quando o professor lê para ele, ele consegue interpretar e entender. O que fazer? Quando deparar com um aluno assim, ensine-o, faça por merecer seu titulo de Professora.
ResponderExcluirIsso é no mundo inteiro. Toda a educação liberal/marxista produz analfabetos.
ResponderExcluirestá destilando seu ódio contra o marxistas e oiberais sem saber o que tá falando (isso é um sinal de analfabeitso funcional), bata olhar as pesquisas feitas pela ONU e irá constatar que os três melhores sistema de educação pública do mundo são: Finlândia, China e em terceiro Cuba (isso por mais de uma década). Os EUA que se dizem o centro do capitalismo cada vez mais definha no Analfabetismo funcional e cada vez mais cai nas avaliações feitas pela ONU !!!
ExcluirAnalfabetos?
ResponderExcluirNesse país,"deitado eternamente em berço esplêndido"!
Que diferença faz?
O que importa, realmente,e ter trabalho e comida!
Triste
Parabéns pelo conteúdo
ResponderExcluirOlá! Tenho, uma prima que sabe ler mais não sabe escrever muitas coisas, o resto ela sabe...;-; o que ela deve fazer?
ResponderExcluirAcredito que isso seja um hábito adquirido por crianças que se acostumaram que alguém sempre lê para eles (era o meu caso). A única maneira é fazer com que ele leia e consiga interpretar por si mesmo. Um bom começo é colocar leituras de assuntos que ele gosta.
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