sábado, 24 de dezembro de 2011

Nosso Natal tem Brasil...

Um Feliz Natal bem brasileiro:

Este vídeo está replicado no blog TERRA BRASILIS

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Promoção de fim de ano!!!!!

          Andando pelas ruas, neste final de ano (dezembro de 2011), percebi as diversas faixas nos colégios e distribuição de panfletos, principalmente dos colégios particulares, oferecendo vagas para as matrículas do próximo ano letivo e lembrei do texto Educação de Supermercado (clique aqui) ao ver as faixas espalhadas pela cidade. A grande maioria estão oferecendo promoções especias, tais como: descontos para alunos vindos de colégios considerados bons, descontos para os país que matriculares mais de um filho, descontos por sorteios, descontos para alunos que se destacam em algum esporte  e tem até descontos para quem fazer a matricula até certo período.

          Quando escrevi os textos "Educação de Supermercado I" e "Educação de Supermercado II" muitos leitores deste blog e colegas de profissão em enviaram Mensagens eletrônicas (emails) questionando os referidos textos!!!! Agora sinceramente, a Educação,atualmente, é tratado como uma mercadoria vendida em supermercado ou não????

OBSERVAÇÃO: por questão de exigência da lei não foram colocadas as fotos que tirei das faixas citadas no referido texto, mas vocês irão encontrar estas faixas e panfletos, nesta época do ano,  espalhados em qualquer cidade desse nosso Brasil.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Educação de Supermercado II

  Por Antônio Carlos Vieira

          Fazendo a comparação entre o modelo de educação atual e venda de mercadoria,, na primeira parte, vimos algumas semelhanças nestas comparações, tais como: as chamadas promoções com aplicações de pacotes (clique aqui), as chamadas Avaliações que na realidade são Normas de Procedimento de como se deve trabalhar e ampliação da carga horária (os supermercados ampliaram o horário de trabalho abrindo aos domingos). Mas, ainda existem muitas coisas sendo feita fora das salas de aulas que influenciam ou mudam a maneira dos professores trabalhar que são muitos semelhantes a procedimentos utilizados nos Supermercados. Vamos analisar algumas:

Pesquisa de Satisfação do Consumidor

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Por que tanta tecnologia?

Por Antônio Carlos Vieira


Desde que comecei a trabalhar como professor, se fala em melhorar a Educação Pública, como tentativa de melhoria o que sempre vejo é a implantação de um aparato tecnológico constante e sempre os resultados mostram que a melhoria geralmente não é o esperado.

Vou citar uma cronologia das tecnologias colocadas nas escolas desde a época que comecei a lecionar:  Televisão com antenas parabólicas (Tele Aulas),  Vídeos Cassete, DVDs, salas de informática com computadores (desktop), internet, implantação do UCA com computadores portáteis (Lap Tops) e agora estão planejando se colocar os chamados Tablet (com implementação prevista a partir de 2012). É bom frisar que em todas essas tecnologias ocorreram problemas que dificultaram ou mesmo impediram a utilização.

Primeiramente vamos ver os problemas individualmente:

As Televisões juntamente com as antenas parabólicas tinham que serem usadas de acordo com o horários das chamadas  Teleaulas,  eram colocadas em horários nem sempre compatíveis com o horários da região onde moravam os alunos que deveriam assistir essas aulas. Sem falar que todo o conteúdo era homogenizado e planejado de acordo com quem transmitia essas aulas.

Depois vieram os vídeoss cassete e posteriormente os DVDs, tinha dois problemas em comum: nem sempre os professores sabiam manusear esses equipamentos e os filmes para realização das aulas nem sempre exisitiam para o assunto que os professores desejavam. As vezes vinham pacotes de aulas prontos que nem sempre estava de acordo com a realidade dos alunos !

Os Laboratórios com os computadores  e as mais recentes tecnologias, portáteis (Lap Tops) e so Tablets que precisam acesso a internet que  nem sempre é possível a conexão com a mesma. Essa tecnologia para funcionárem bem tem que ter também os chamados programas, que nem sempre estão de acordo com as necessidades existentes e tem um problema em comum aos vídeos casete e os DVDs: os porfessores não sabiam (muitos ainda não sabem) manusear o equipamento e com o agravante que em muitas ocasiões os alunos sabem manusear o equipamento bem melhor que os professores.

Os Problemas coletivos:

Todas essas tecnologias precisam de manutenção constante e na grande maioria dos casos essa manutenção é inexistente, principalmente para os mais recentes que são os computadores portáteis (Lap Tops) e os Tables.

Em muitos casos uma tenologia não chegou a ser colocada em pleno funcionamento e já se está colocando outra em substituição como é o caso dos comutadores em laboratórios, os portáteis  com acesso a internet e para o próximo ano os Tablets.

Toda essa tecnologia sendo implantada, dizem para melhorar a educação e se esqueceram de  uma coisa muito importante : o professor. Que adianta se implantar tanta tecnologia se os professores não são valorizados e nunca são capacitados (nem sequer são atualizados) para o pleno desempenho das funções.

E por que se esquecem justamente do professor?

Toda essa  presa de se colocar todo tipo de tenologia em sala de aulas é para atender interesses de grandes empresas (grifo meu)  e o interesse de se diminuir ou mesmo eliminar a importância da existência dos professores. O problema é que toda essa tecnologia não substitui o professor, ou  você acredita que computador ensina alguma coisa?

O mais interessante nesta história,  é que os atuais professores se formaram aprendendo o conteúdo para depois aprender a usar o computador com as novas tecnologias e os novos professores irão chegar as universidades sabendo usar os computadores para aprender o conteúdo de cada área. Esse é mais  um exemplo  notório de conflito entre gerações!!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ideb, Enem e Sinaes: avaliações neolinerais do MEC e o “protesto/apoio” dos empresários da educação


A divulgação pelo Ministério da Educação – MEC do resultado da avaliação das instituições de ensino superior gerou reação dos empresários da educação. Os donos de faculdades questionam os critérios estabelecidos pelo SINAES e cobram estabelecimentos de novos critérios. Essa movimentação empresarial diz respeito ao fato das instituições privadas serem as reprovadas no SINAES. Assim, contraditoriamente, a mesma concepção avaliativa neoliberal do MEC defendida pelos empresários para educação básica, deve ser alterada para o ensino superior. Em Sergipe foram reprovadas no SINAES: a Faculdade Amadeus; a Faculdade Atlântico; a Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe; a Faculdade de Sergipe; a Faculdade São Luís de França; e a Faculdade Pio X.


Quando o Ministério da Educação divulga os resultados das avaliações neoliberais (ENEM e IDEB) são as escolas privadas que têm as melhores notas. Nesse momento, os empresários aprovam colocando outdoor, nota no rádio, televisão, internet apontando suas escolas como “modelos” a ser seguido. Entretanto, são esses mesmos empresários donos de escolas e de faculdades privadas que estão criticando o (SINAES). Assim os donos de escolas e faculdades apoiam os resultados do ENEM e IDEM, mas criticam os resultados do SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. 



A grita dos empresários, em relação à avaliação do ensino superior, mostra que não estão preocupados com a qualidade do ensino, nem mesmo em mudar a forma de avaliação existente no Brasil. Caso consigam, no futuro, melhorar as notas de suas faculdades no SINAES vão começar a apoiar, também, esse modelo de avaliação neoliberal do MEC. 



O movimento dos trabalhadores em educação é contra aos modelos de avaliações neoliberais do Ministério da Educação. Para os professores, não dá para repassar a responsabilidade para a escola por um suposto mau desempenho, como se fosse culpa dos professores. O país precisa de um novo modelo de avaliação que leve em conta os conhecimentos do estudante na hora em que ele ingressa na rede de ensino, ou seja, um índice que possa medir quanto o estudante aprendeu. Portanto é um erro medir a suposta qualidade do ensino através de rankings. O ranqueamento entre escolas são prejudiciais para a educação e podem afetar o desempenho futuro das instituições de ensino.



Quando se faz o ranking de milhares de escolas às flutuações da média se superpõem. Portanto, se uma média pode flutuar para mais ou para menos, como é que eu digo que uma escola que teve um pouquinho menos de média é inferior à outra? Diante dessas falhas o mundo inteiro abandonou a ideia de ranking. Entretanto, o MEC continua com essa política de ranqueamento das instituições de ensino que é pedagogicamente equivocado.



Infelizmente os oito anos de governo Lula e o primeiro ano do Governo Dilma foram mantidos a mesma estrutura de avaliação do governo Fernando Henrique Cardoso. A política neoliberal de FHC foi mantida por Lula e Dilma com sérias implicações para a educação nacional. Esse modelo visa rotular as escolas públicas como insuficientes e justificar um discurso futuro para a sociedade da necessidade de privatização. Para ter sucesso nessa política, o modelo de avaliação para ranqueamento visa intensificar a gestão empresarial nas escolas com monitoramento do desempenho das escolas e competição entre elas para redistribuição dos recursos. Também a avaliação nacional pretende estabelecer economização de um currículo escolar único, priorizando as aprendizagens ligadas ao trabalho. Introdução de um currículo da subserviência, chamado de “linguagem do currículo mais humanista”. Nessa reestruturação curricular enfatizam o bem-estar espiritual, moral e mental. 



Entretanto, o que os educadores defendem é que a avaliação valorize e envolva os atores da escola no processo local. Isso não significa deixar de fazer avaliações nacionais, mas que ela dê novo significado a este processo. As escolas precisam consumir os dados da avaliação, o que hoje não acontece. Esses dados têm de ter uma utilidade. Hoje, as escolas recebem relatórios técnicos, difíceis de serem digeridos e não há instrumentos de mediação entre as avaliações e a sala de aula. Precisaria haver uma avaliação institucional participativa, conduzida pela escola. Repassar a responsabilidade para a escola por um mau desempenho, como se fosse culpa do professor, não dá. É preciso indagar qual é a responsabilidade da política pública, da equipe da escola, da comunidade escolar e do professor?



Portanto, é preciso sim mudar os critérios de avaliação impostas, atualmente, pelo MEC que em nada contribuem para melhorar a qualidade do ensino no país, mas apenas para estabelecer ranqueamento e justificar privatização no futuro. Junto com isso, é preciso repensar, também, a situação do financiamento da educação, os conteúdos dos livros didáticos, as políticas de pacotes instrucionais, a formação inicial à distância, as condições de trabalho dos profissionais da educação e a qualidade de ensino das escolas privadas. Uma educação que possa respeitar o educando e assegurar-lhe a formação indispensável para pleno exercício da cidadania.


TEXTO ORIGINAL NESTE ENDEREÇO:

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Avaliação do MEC reprova um em cada cinco cursos superiores

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Dos 4.143 mil cursos avaliados em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 594 não atingiram resultado satisfatório, com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que varia em uma escala de 1 a 5. Entre os cursos avaliados, 1.115 ficaram sem conceito porque não tinham um número mínimo de estudantes concluindo o curso.

Considerando apenas as graduações que obtiveram CPC, as com nota baixa representam 20% do total. Os cursos com CPC 4 ou 5 são considerado bons e os com nota 3, satisfatórios. Cerca de 80% tiveram resultado entre 3 e 5 e só 58 cursos podem ser considerados de excelência, com CPC máximo (5). O conceito leva em consideração, além dos resultados do Enade, a infraestrutura da escola, o corpo de professores e o projeto pedagógico.

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar vagas de todos os cursos que obtiveram CPC 1 ou 2 em 2010. A previsão é que 50 mil vagas sejam cortadas em diferentes áreas até o fim de 2011. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) baliza a expansão das vagas da educação superior no país porque prevê medidas de correção dos problemas para as instituições e cursos com baixos resultados.

“Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com problema”, disse o ministro. Ele informou que cerca de 95% dos cursos de medicina que passaram pelo processo de supervisão do MEC por apresentar CPC instaisfatório em anos anteriores melhoraram o desempenho em 2010.

Entre os 19 cursos com CPC 1, quatro são oferecidos por universidades estaduais e o restante, por instituições de ensino privadas.

Edição: Vinicius Doria

Texto retirado neste endereço:

220 DIAS LETIVOS É PREJUÍZO PARA A EDUCAÇÃO E PARA OS PROFESSORES


Se você é Professor, da Rede Pública ou Particular, LEIA com Atenção!!!

Urgente e Atual

O ministro da Educação Fernando Haddad solicitou uma pesquisa científica sobre o aumento do número de horas do aluno na Escola e sua correlação com o aumento do Rendimento Escolar. No dia 21 de setembro (21/09/11) ele apresentou os resultados à imprensa, pois deseja um Grande Debate sobre o Assunto.

A pesquisa realizada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do Governo revelou que mais tempo (mais horas) na Escola leva a uma melhoria dos resultados do aluno na aprendizagem e nas avaliações (ENEM, SAEB, etc.).

Até aí nenhuma surpresa, pois vários países desenvolvidos têm uma carga horária anual maior do que a brasileira e têm resultados melhores. O que vêm a seguir é que é preocupante.

Diante do resultado deste estudo, Ricardo Paes de Barros, subsecretário que coordenou a pesquisa apontou alternativas (que seriam, na verdade, Propostas) ao ministro:

Proposta 1

O Estudo de Ricardo Paes de Barros mostrou que um bom professor em sala de aula tem o impacto de 9,6 pontos no Saeb, 20 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 68% de melhoria do desempenho do aluno. Mostrou também que a melhoria dos resultados acadêmicos pode ser feita com adiminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Esta proposta implica a) criar programas de formação e projetos de incentivo aos docentes, para que mais bem remunerados, preparados e motivados, possam faltar menos e dar melhores aulas; b) modificar a atual LDB, diminuindo o percentual máximo permitido de faltas aos alunos (25%); c) Reduzir o número de faltas, abonos e licenças permitidas por lei aos docentes.

A Proposta 1 requer modificação na legislação educacional e investimentos em Salários e em Programas de Formação Continuada para os Docentes (Formação Profissional, Especialização, Mestrado e Doutorado).

Proposta 2

Paes de Barros aponta que a Diminuição do número de alunos em Sala potencializa o rendimento de todos, ao permitir que os Docentes tenham mais tempo para auxiliar os alunos que apresentarem dificuldades. Nesta proposta: a) estabelecer qual é o número mínimo de alunos por sala e série; b) ampliar o número de salas e, consequentemente, de escolas; c) criar incentivos para a carreira docente, pois mais salas e mais escolas demandarão mais professores mais bem preparados (hoje, desestimulados, muitos estão deixando a carreira docente).

A Proposta 2 demanda investimento em infraestrutura e investimento no profissional da educação (Salários e Capacitação). Se a carreira docente for valorizada, atrairá e manterá nela os mais capacitados.

Proposta 3

Aumento do número de horas diárias do aluno na Escola. Essa proposta segue o modelo europeu (período integral) e implica em alguns investimentos: a) melhorar as cantinas escolares para que possam servir almoço aos alunos; b)readequação do currículo para que todo o período de permanência seja bem aproveitado; c) maior número de salas de aulas (hoje, os alunos do matutino e vespertino utilizam as mesmas salas); d) readequação e aumento da carga horária dos professores (o professor receberia o valor das aulas adicionais); e) aumento dos espaços esportivos e culturais da Escola (necessidades de uma Escola de Tempo Integral).

Ou seja, a Proposta 3 requer significativos investimentos em infraestrutura. Entretanto, o aumento do salário dos professores seria apenas em função do aumento do trabalho (mais aulas, mais remuneração) e não de um aumento real no valor da hora/aula. É verdade que a Escola de Tempo Integral é um modelo seguido na Europa, mas lá o professor recebe melhores salários (quando comparados com outros profissionais de formação superior) do que aqui.

Proposta 4

Proposta 4 – Aumento dos dias letivos. Dos atuais 200 para 220 dias letivos. Sendo subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência, Paes de Barros julga ser essa a alternativa mais atraente e interessante ao governo pois praticamente não haverá nenhum custo para os cofres públicos. Na prática, esta Proposta levará: a) a um aumento dos dias letivos em detrimento de sábados e feriados; b) aumento da jornada de trabalho (em dias) sem o consequente aumento da remuneração (pois o governo já divide o salário anual em doze meses + o décimo terceiro); c) diminuição dos dias de recesso e férias docentes.

A Proposta 4 não requer do Governo praticamente nenhum investimento – só uma mudança na Lei. Já para o docente, significa mais dias de trabalho, mais matéria a ser lecionada e mais avaliações, provas e trabalhos para corrigir e nenhum aumento ou remuneração adicional. Para o aluno, mais matéria, mais pressão por resultados e menos dias livres em casa.

Fique Atento e Pense Corretamente
 como PROFESSOR

O Governo tem a intenção, segundo o ministro, de realizar um DEBATE com a SOCIEDADE para, em seguida, implementar a medida – aumento para 220 dias letivos.

Proposta 1 - Investir na Formação e Salários dos Professores e Diminuir a permissão para Faltas (docentes e discentes).

Proposta 2 - Menos alunos por Sala e Professores melhor Preparados e Melhor Remunerados.

Proposta 3 - Escola de Tempo Integral (ainda precisa de muitos ajustes, mas levará o governo à necessidade de INVESTIR muito para sua implantação).


CUIDADO, Professor

Como mais UMA PROVA de que o Governo não quer INVESTIR em Educação, o subsecretário da Pasta já está indicando o aumento dos dias como a MELHOR proposta para o GOVERNO. Isso é ÓBVIO, pois é a única alternativa que não requer investimentos.

O Governo tentará neste DEBATE jogar a população contra os professores que se opuserem aos 220 dias (Alternativa 4).

Mas na verdade, NÓS PROFESSORES sabemos que aumentar para 220 dias não vai mudar em NADA o quadro atual de descaso com que as autoridades tratam a Educação.

Além disso, a proposta de aumento dos Dias Letivos é a única que não apresentará nenhuma contrapartida positiva para o DOCENTE.

Existem, ainda, outras PROPOSTAS com melhores OPÇÕES . Diga isso aos seus colegas e diretores. Diga isso aos seus vizinhos. Diga isso aos seus ALUNOS, sejam eles do Ensino Fundamental, do ENSINO MÉDIO, do Ensino Superior, da Pós Graduação, do Mestrado ou do Doutorado.

TODOS OS PROFESSORES DEVEM SE UNIR neste Debate, pedindo ao Governo que aumente os INVESTIMENTOS na Educação do País.

É fato que Todos os Professores Conscientes querem MUDANÇAS na Educação. Mas queremos MUDANÇAS que realmente façam a DIFERENÇA, que AUMENTEM a QUALIDADE do Ensino e que FAÇAM o governo Investir naquilo que é mais precioso – a Educação de nossas Crianças.

NÃO ACEITE OS 220 DIAS.
Os 220 dias serão um ENGODO
para que o GOVERNO não gaste e não invista mais.

Queridos Professores e Professoras da rede Pública e Particular, de todos os níveis

Sejam conscientes - Copiem esse texto e repassem por e-mail a todos os Docentes e Educadores que vocês conhecem.


Abaixo, a notícia e a reportagem disponível na Internet

21/09/2011 - MEC apresenta proposta para deixar aluno mais 20 dias por ano na escola

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (21) em Brasília o resultado de uma pesquisa que levou o MEC a avaliar o aumento de até quatro semanas no calendário letivo da educação básica do país no sistema público e privado. Atualmente, o Brasil tem 200 dias, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) no ano letivo e carga horária de 800 horas. O ministro propõe um amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar para 220 dias ao ano.

“Sempre que o MEC se vê diante de uma evidência forte que algo pode melhorar a partir da descoberta de um estudo temos que perseguir este objetivo”, disse Haddad. O ministro vai discutir a proposta com secretários de educação estaduais e municipais. Ele espera concluir o debate este ano para que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacional em 2012 para votação. “Nenhum país com bom desempenho tem uma carga horária de 800 horas”, disse o ministro. “O Chile tem carga de 1.200 horas por ano e o nosso desempenho hoje é equivalente ao que o Chile tinha no ano 2000.”

A pesquisa coordenada por Ricardo Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Asssuntos Estratégicos da presidência, mostrou que dez dias a mais de aula aumentam em 44% o aprendizado dos alunos e em sete pontos a nota dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essa melhoria pode ser atingida aumentando a exposição do aluno ao conhecimento.

Segundo o pesquisador, o aumento da exposição pode ser feito com ampliação da jornada diária e com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Mas a alternativa mais atraente, segundo Barros, é a que tem o menor custo. “Em termos de custo é melhor porque na outra alternativa (mais horas/aula por dia ou menos alunos por sala) você precisa aumentar o espaço na escola colocando restaurantes e espaços esportivos.”

A outra variável que provoca melhora é a qualidade do professor. “Tem um enorme impacto entre se consultar um bom ou um mau médico. Com o professor também é assim, mas a gente não valoriza a profissão e deixa o profissional mais experiente migrar para a rede privada”, destacou o pesquisador. Ainda de acordo com ele, o impacto no Saeb com professor experiente seria de 3,3 pontos.

E-mail enviado pela Professora Cláudia Nunes

TEXTO REPRODUZIDO DESTE ENDEREÇO:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Educação de Supermercado I

Por Antônio Carlos Vieira

Supermercado Boa Educação!!!
Onde se aprende  melhor  e mais barato.
Quando ainda era estudante a estrutura da educação pública e particular era muito diferente do que existe nos dias atuais. Naquela época só existia o chamado Ensino Regular. Alias, nem se usava esse nome, já que era o único modelo existente. Da época que era aluno, até o dia atual (26/10/2011), foram aparecendo algumas mudanças interessantes.

No início, quando algum aluno não estava no mesmos nível que os demais colegas da mesma série, como por exemplo: enquanto a maioria já sabia ler sem soletrar as palavras e algum aluno estava fora deste padrão, ele era aconselhado a fazer banca e ter uma atenção maior dos professores, para que no final do ano ele passasse a ler sem a necessidade de soletrar as palavras. É claro que naquela época não existia tantos alunos por sala de aula e os professores tinham tempo de corrigir individualmente cada atividade dos alunos. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Avaliação ou normas de enquadramento!!!


Por Antônio Carlos Vieira

Quando terminei meu curso de Licenciatura, na Universidade Federal de Sergipe, não fiquei aguardando muito tempo para assumir uma sala de aula. Alias, antes mesmo de receber o Diploma, já estava aprovada no concurso da Secretaria d Educação do Estado – SE, juntamente com mais alguns colegas.

Ao chegar no colégio onde fui lecionar, pela primeira vez, tinha uma chamada Equipe pedagógica. Essa equipe tinha entre tantas tarefas: a) acompanhar as cadernetas do professores; b) fazer levantamentos dos alunos (frequência e notas), assinatura das aulas dadas; c) acompanhamentos das avaliações no sentido de observarem o grau de dificuldades, organização e entendimento do que estava sendo avaliado (isso ajudava muito o professor) e d) eram responsáveis pelas atividades extraclasses, etc. Eram formadas por pedagogas e professores com um certo grau de experiência em sala de aula. Isso durou três anos e foi o único colégio que via essa equipe montada e que funcionava!!!

Posteriormente, esse equipe foi substituída por pedagoga(o)s e foi justamente neste período onde comecei os meus primeiros questionamentos referente a esses profissionais. Eles passaram a orientar e escolher os professores que eram considerados bons ou ruins, passaram a solicitar trabalhos para ajudarem os alunos (dar um jeitinho), questionar quando algum aluno era convidado a sair da sala de aula e as vezes em pleno decorrer da aulas, passaram a interferir, para fazer algum anuncio sem a devida permissão do professor. O principal questionamento em relações a esses novos profissionais é se ele já tinham passado em uma sala de aula para fiarem solicitando tais medidas? Ele não gostavam muito e vinham com explicações de teorias e mais teorias que aprenderam na Universidade. Essas solicitações sempre iam de encontro aos chamados fundamentos para se ter uma boa condução em sala de aula e a opinião do professor, geralmente, não era levada em consideração!!!

Neste período apareceu as chamadas Avaliação do Ensino Público (na prática somente os professores!!!). Essas avaliações premiavam os chamados bons professores, tinham alguns critérios definidos e os melhores avaliados recebiam um bônus. Além da desconfiança dos professores das brechas de manipulação dos resultados, para vereficiar que poderia ou não receber essas bonificações, tinha o agravante dos critérios serem iguais para todos, em todos o níveis e turnos. Nesta avaliação, os professores do turno noturno jamais conseguiram boas notas, portanto, jamais foram e nunca seriam bonificados. Um dos critérios da avaliação era o grau de evasão e reprovação dos alunos. Pra quem já ensinou a noite, sabe que a evasão e reprovação são altíssimos em decorrência de muitos alunos se matricularem para terem direito ao Passe Escolar e praticamente não apareciam nas aulas (evasão garantida) e tinha o inconveniente para o professor não passar por ruim, fazer de tudo, para não ter um grande números de reprovados e as vezes acontecia de alunos não terem os requisitos necessários para a aprovação serem aprovados porque o professor não aparacer como ruim netas avaliações!!

No atual governo reapareceu a tal Avaliação do Ensino Público. Eu não diria que é somente uma avaliação!!! Uma avaliação seria somente avaliar a Educação Atual nos critérios que elas foram criadas e esta nova avaliação vem com novos critérios e o professor que não se ajustar nesses novos critérios serão considerados insuficientes (ruim com outro nome), ou seja, essa nova chamada avaliação cria critérios de como o professor deve conduzir a aula. O professor que não se ajustar aos novos critérios sera considerado insuficiente (ruim).

Antigamente tínhamos pedagogos dizendo como os professores deveriam conduzir as aulas e avalizar os alunos, agora apareceram consultores e economistas ditando normas de como o professor deva lecionar!!!

O interessante é que além dessas consultórias, também tem os chamados pacotes (clique aqui) e projetos de todos as espécies que são colocados nas escolas e as decisões são tomadas pela secretarias (decisões feitas geralmente por políticos), esses pacotes já vem prontos do MEC ou alguma ONG tipo Fundação Aírton Sena, e os professores que vivem e convivem em sala de aula, que são realmente quem conhece os problemas existentes na educação, nunca são consultados!!!! Essas decisões são tomadas de cima pra baixo e quando os problemas aparecem são os de baixo (professores) os únicos que são responsabilizados pela má qualidade do ensino.

Textos relacionados:
Analisando a Grade Curricular
O Professor e a mais Valia
O Professor Cigano
Para que são usadas as avaliações educacionais?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Procurando a Superioridade (atualizado)

Por Antônio Carlos Vieira

Neste final de semana estava eu no Shopping Center (Central de Vendas) e tomei um susto ao parar em frente a uma loja de vender roupas. Em cima de um tabuleiro com diversas camisas da "POOL" tinha uma tabuleta escrita “TO SALLES”. Um adolescente (aparentando uns 16 anos de idade) olhou e falou: engraçado, antigamente quando se vendia um produto se colocava a tabuleta escrito “VENDIDO”, no produto, e agora se escreve o nome do comprador!!!! Resolvi dar uma volta e encontrei uma outra loja que também vendia roupas, na entrada tinha um cartaz com a seguinte propaganda “use xxx é FASHION é moda” (traduzindo daria "Use xxx é MODA é MODA" !!!!!). Se for relacionar os nomes das lojas escritos em Inglês ou Francês iria ficar muito extenso!!!

Foi então que passei a lembrar de alguns causos (atualmente se usa a palavra CASOS): quando foi aprovado e regulamentado a Lei sobre as Centrais de Atendimento Telefônico, no dia seguinte, eu estava passando em frente a um bar e escutei durante o Jornal Nacional (Rede Globo) : foi regulamentada a lei das “CALL CENTER” (se pronuncia Cou center)!!! Outro fato de foi o Jornal O Globo OnLine, e até mesmo na campanha pra presidente,  se escrever o nome do Brasil escrito desta maneira BRAZIL!!! Onde trabalho esta em andamento a organização de um “WORK SHOP” (amostra de trabalhos)!!!


Em uma conversa que tive com uma professora, de Inglês, eu perguntei :por que se comemorava o “HALLOWEEN” (Dias das Bruxas) em algumas escola particulares do Brasil? Ela me respondeu que precisamos conhecer outras culturas pra melhorar a nossa (cultura)!!! Então eu tornei a perguntar: e para conhecer as outras culturas é necessário se comemorar os dias festivos dessas outras culturas? Para um professor de Geografia perguntei :porque, cada vez mais, as pessoas estão incorporando tantas palavras inglesas ao nosso vocabulários? Ele me respondeu que as pessoas estão ficando mais inteligente e estão tentando aprender um idioma que seja mais fácil (eu não concordo com isso). Então ironizei fazendo outra pergunta: quer dizer que o sujeito pra se achar mais inteligente tenta aprender um idioma mais fácil? E tornei a perguntar: misturar os dois idiomas não irá tornar a coisa ainda mais difícil? Nós dois casos, dos professores, percebi que ambos deram uma respostas tentando esconder que valorizam mais o que os pessoas de outros países fazem do que nós próprios brasileiros fazemos e pensamos.
Adesivo utilizado nas eleições presidenciais do Brasil
Na minha opinião os principais fatores que as pessoas se utilizam de tantas palavra de idiomas estrangeiros (principalmente o Inglês) se dá pelos motivos:

a) por que acha que é bonito.

b) se sentem inferiorizado e por isso tentam falar e imitar costumes de países, do chamado Primeiro Mundo pensando, pensando que irão se tornar um cidadão mais superior (o tal problema do complexo de inferioridade do povo brasileiro).

c) a influências dos sistemas de informática, onde a grande maioria dos sistemas de informação e manuais utilizados são escritos, na sua grande maioria, em inglês.


Depois de se chamado de chato (várias vezes) e ter escrito esses texto também chato, só tenho a dizer até (aqui no Nordeste ainda se utiliza o inté) ou deveria dizer BYE BYE?
Depois de muito tempo encontrei este vídeo de um baiano chateado:



Texto relacionado:

TEXTO ORIGINAL NESTE ENDEREÇO:

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os inimigos da escola


por Túlio Muniz*
Foi  aprova do STF e se não fosse?
Muita coisa não fecha nos cálculos posteriores ao massacre da PM contra os professores ocorrido na Assembléia Legislativa do Ceará na última semana de outubro. Aos fervorosos defensores do “patrimônio público” cabe lembrar que não se registrou perda ou sumiço de nenhum bem material. E soa nonsense a nota da AL publicada em jornais locais, alegando necessidade de “defesa da integridade física” dos parlamentares, quando nenhum deles chegou a ficar em risco. Se algo gerou violência foi a antecipação dos dirigentes ao requerer proteção policial antes de  ocorrer  a “ameaça” real.
Quanto aos relatos jornalísticos, foram unilaterais na narrativa, a começar por desconsider que, na primeira fila de contato entre professores e policiais, a desvantagem física era evidente para os primeiros. Os Batalhões de Choque não são famosos pela diplomacia ou delicadeza. Faltaram, portanto, narrativas jornalísticas de um dos lados da trincheira, falha que as muitas imagens do evento trataram de corrigir. Mas faltou, sobretudo investigação sobre ações correlatas, como o grau de insatisfação de outras categorias do funcionalismo público, pois o que reivindicam os professores – manter um plano de carreiras decente e uniforme – também é um problema para os policiais. Terá havido, por exemplo casos de policiais que se recusaram a ir ao confronto naquele dia, em solidariedade às manifestações? Perguntas inquietantes não foram feitas aos comandos e tampouco aos políticos que endossaram a ação.
Também não se considera como “patrimônio público” o corpo oprimido de professoras e professores, o que remete a reconsiderar a questão dos Direitos Humanos. Terá razão Deleuze, em seu Abecedário?
Afirma ele: ” A respeito dos Direitos Humanos, tenho vontade de dizer um monte de coisas feias (…).É conversa para intelectuais odiosos, intelectuais sem ideia. Notem que essas Declarações dos Direitos Humanos não são feitas pelas pessoas diretamente envolvidas(…).Todas as abominações que o homem sofreu são casos e não desmentidos de direitos abstratos. São casos abomináveis”.
Afinal, o resultado final, agressão aos manifestantes juntos aos quais todos devíamos estar (o magistério público de nível superior tem salários congelados há cerca de seis anos e faltam professores), foi uma barbaridade a manchar os currículos dos gestores públicos que a legitimaram. Muitos destes perfilavam-se ao lado dos grevistas até muito recentemente, em busca de seus votos, e não hesitavam em casos de “violação” de patrimônio público. Os hábitos mudam aos monges?
De resto, o confronto foi parar na Web e na mídia internacional. O que leva certamente a questionamentos sobre um “país rico” onde professores são agredidos com violência por reivindicarem um salário mínimo que, hoje, seria inferior a 800 dólares. O valor é ridículo para quem tem o compromisso e a responsabilidade de cuidar das crianças e adolescentes pobres, claro, pois as classes média e alta mantêm seus filhos na rede privada, pagando por um ensino muitas vezes de qualidade duvidosa (o mesmo ocorre em relação à Saúde) enquanto reclama de impostos e do “radicalismo” dos servidores públicos.
Uma das grandes contradições no pós-ditadura militar é a degradação do ensino público dos níveis básico, fundamental e médio. A desvalorização da carreira do magistério é resultado desse descomprometimento do Estado em relação a uma obrigação sua, a manutenção de um serviço de qualidade, ofertado por pessoas qualificadas, salvaguardadas e, sobretudo,  felizes, e não uns pobres coitados mutilados pela insalubridade e pela precariedade profissional. Discursos elaborados a partir desta perspectiva podem levar à reflexão e correção dessas prolongadas distorções.

*Túlio Muniz, é jornalista profissional, historiador, doutor pela Universidade de Coimbra, Portugal, e professor (temporário) da Universidade Federal do Ceará.
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