terça-feira, 31 de maio de 2011

DIRIGINDO BÊBADO

Campanha de conscientização feita com muita criatividade!!!


Nunca deixe um motorista alcoolizado dirigir seu carro.
 Mesmo que esse motorista seja você.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ESTRELAS E COMETAS


Há pessoas estrelas. Há pessoas cometas.
Os cometas passam.
Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam

As estrelas permanecem.
Há muita gente cometa. Passam pela vida apenas por instantes, não prendem ninguém e a ninguém se prendem.
Gente sem amigos. Que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.
Assim são muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida.
E com a mesma rapidez com que aparecem, desaparecem.
Assim são muitos reis e rainhas de nações, clubes ou concursos de beleza.
Assim são rapazes e moças que se enamoram e  deixam-se com a maior facilidade.
Assim são pessoas que vivem numa mesma família e passam pelo outro sem serem presença.
Importante é ser estrela. Marcar presença. Ser Luz, Calor, Vida.
Amigos são estrelas. Podem passar os anos, surgem distancias, mas a marca fica no coração.
Ser cometa não é ser amigo. É ser companheiro por instantes.
Explorar sentimentos.
 Aproveitar-se das pessoas e das situações.

Autor desconhecido

É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo. A solidão é o resultado de uma vida cometa.
Ninguém fica. Todos passam. E a gente passa uns pelos outros.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todo  dia poder contar com elas. Todo o dia poder ver sua luz e seu calor.
Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles.
Eles  são aragem nos momentos de tensão. Luz nos momentos escuros.
Pão nos momentos de fraqueza.
Segurança nos momentos de desânimo.
Olhando os cometas é bom não sentir com eles.
Nem desejar prender-se em sua cauda.
Olhando os cometas é bom sentir-se estrela.
Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal.
Ter sido luz para muitos amigos.
Ter sido calor para muitos corações.
Ser estrela neste mundo passageiro, nesse mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa.
 É nascer e ter vivido, e não apenas existido.

domingo, 22 de maio de 2011

Professor Zenir Reis invoca Caymmi: “O pescador tem dois amor”

Língua oral e escrita
por Zenir Campos Reis*, sugestão da leitora Maria Salete Magnoni, que foi sua orientanda
Antes de ler e escrever, falamos. A fala requer longo aprendizado. A boca existe prioritariamente para comer. Primum vivere. Aos poucos, desenvolvemos essa habilidade secundária de adaptar a boca, lábios, dentes e língua, para a emissão de sons inteligíveis, distintivos, que vão compor as palavras. No convívio social, os mais velhos ensinam aos mais jovens as regras de com-binação das palavras, isto é, as regras básicas de sintaxe.
A língua oral é econômica e tende à simplificação. Em português, por exemplo, a marca mais comum do plural é o “s” no final das palavras. Se esse fonema está presente no artigo fica entendido que estamos falando de mais de um objeto: o livro, os livro(s), um ou mais de um. Em outras línguas, o francês por exemplo, o “s” do plural nem é pronunciado: le livre, les livre(s). A marca do plural está presente apenas na diferença que a língua oral estabelece entre /le/ e /les/. Existem lingüistas que consideram a repetição da marca do plural uma espécie de pleonasmo, de repetição dispensável. Lembremo-nos da bela canção de Dorival Caymmi, “O bem do mar”, que começa assim:
O pescador tem dois amor
Um bem na terra,
Um bem no mar (bis)
O que fixa a língua é a letra, a escrita, para cuja conquista exige-se outro aprendizado, normalmente feito na escola. Compreende-se que a língua escrita não seja imediatamente acessível.
Antropologicamente, na história da humanidade, o aparecimento da escrita parece estar relacionado ao surgimento de sociedades mais complexas e ao aparecimento da divisão social e da dominação. A posse da letra sinalizava o poder. A imprensa, então, é uma invenção tardia, do século XVI. O primeiro livro impresso foi uma Bíblia e a leitura e interpretação desse livro sagrado começou a ser objeto de disputa.
A língua portuguesa, língua latina, proveio não do latim erudito, mas do chamado “latim vulgar”, o latim oral, falado por soldados (das tropas de ocupa-ção) e colonos iletrados ou pouco letrados. Um escritor de origem húngara, Paulo Rónai, grande conhecedor de línguas, quando tomou contato com a língua portuguesa, diz que lhe parecia um latim falado por pessoas desdentadas. Possivelmente era uma impressão verdadeira. Com certeza eram iletrados, pessoas “simples”, mais ou menos sinônimo de pobres. Muitos deles, desden-tados.
Esses pobres falavam, por exemplo “mágoa” ou “mancha”, em vez de “mácula”. Falavam “logro”, em vez de “lucro”. E diziam bem, diziam certo. Encontrei a palavra “resisto”, num sermão de Antônio Vieira, palavra que se diz em português do Brasil “registro”, ou, em Portugal, “registo”. Tudo muito certo, no contexto apropriado.
A disciplina gramatical costuma vir das camadas letradas, muitas vezes associadas ao poder político, isto é, às normas adotadas pelas autoridades políticas e transformadas em acordos, tratados, normas, transmitidos via minis-térios, academias, escolas oficiais.
A realidade da língua viva é muito mais complexa e indisciplinada, por-que a letra, que fixa a língua oral depende da alfabetização que não é univer-sal, nem neste país nem em muitos outros países, mesmo do mundo dito desenvolvido. Uma longa conversa, como se vê.
Zenir Campos Reis é professor aposentado de Literatura Brasileira na USP.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ASSASSINANDO A LINGUA PORTUGUESA


Por Antônio Carlos Vieira

Adesivo utilizado nas eleições presidenciais do Brasil
          O Ministério da Educação lançou um Livro Didático “Por uma vida melhor”, para 465 mil estudantes jovens e adultos e vem causando a maior polêmica. O problema é que o livro defende uma suposta supremacia da língua oral sobre a língua escrita e admitindo a troca de conceitos “certo e errado” por “adequado e inadequado”.

          Este procedimento está causando a maior polêmica aos que defendem a norma culta e erudita. Só que esta polêmica me chamou a atenção um fato interessante, a Língua Portuguesa vem sendo adulterada e achicalhada já faz um bom tempo. Basta vermos a imensa quantidade de palavras inglesas que estão sendo utilizadas no nosso dia a dia (já faz um muito tempo) nos livros escritos, nos telejornais e até mesmo na internet. A grande maioria destes termos existi equivalente no vocabulário Português e não vi ninguém se manifestar em defesa do Português escrito de forma culta e erudita. Em algumas ocasiões, no mesmo assunto, se usa palavras em Português e no mesmo instante se utiliza a palavra em inglês significando a mesma coisa, veja vídeo, com um trecho do Jornal Nacional da Rede Globo noticiando sobre as Centrais de Atendimento ou “CALL CENTER” (se pronuncia coll center), logo abaixo :

          Não podemos defender supremacia da Linguagem Oral sobre a Língua Escrita e também não podemos admitir uma mistura da Língua Inglesa com a Língua Portuguesa. Tem que se deixar claro que Linguagem Oral é uma coisa e Linguagem Escrita é outra, da mesma maneira que Inglês, Português, Francês, etc, são idiomas diferentes e não se deve incorporar palavras de idioma em outro quando já existe o termos correspondentes.

          Os argumentos para se usar tantas palavras inglesas junto a língua se faz por vários motivos: acham o inglês mais bonito, é “CHICK” (ou seria chique!!!), temos que enriquecer o nosso idioma (puro complexo de inferioridade), que o inglês é mais fácil (feito pra pessoas com deficiência de inteligência!!!), etc e etc. Já os que querem mudar as Regras Gramaticais e igualar a escrita a Linguagem Oral estão procurando desculpara para não ter que aprender o Português corretamente (preguiça) ou tem deficiência de inteligência para aprender o idioma corretamente.

          O mais estranho, nisso tudo, é que em Portugal é proibido publicar livros, em Português, colocando-se palavras inglesas quando da existência das mesmas no vocabulário da Língua Portuguesa.

ATUALIZAÇÃO (20-05-2011 as 15:00h)
          Abaixo outro vídeo onde se discute a publicação de um livro (lançado pelo MEC) que gerou discussão sobre a Linguagem Oral Portuguesa e a Língua  Portuguesa Escrita, com Monica Waldvogel da TV Globo:

sexta-feira, 13 de maio de 2011

CAPACITANDO OS PROFESSORES!!!

Por Antônio Carlos Vieira

Durante a Conferência Nacional da Educação (CONAE), uns dos temas discutidos no evento foi justamente a Capacitação dos Professores da Rede Pública do Estado e dos Municípios. De acordo com alguns palestrantes (alguns sindicalistas), é dever do Estado garantir a capacitação e os sindicalistas diziam que iriam cobrar esta obrigação do Estado com os professores.
Será que a SEED-SE deixará de capacitar os professores?

Quando das negociações para implantação do Piso Nacional dos Professores, ocorreu um fato estranho,foi exigido pelo sindicato que fosse retirada, dos professores que estavam fora da sala de aula, a Gratificação de Atividade Pedagógica (que substitui a Regência de Classe) pois, deveria ser valorizado os professores em sala de aula. Inclusive, desde este período a frase que mais ouço “lugar de professor é na sala de aula”. Ficou parecendo a campanha do Governo Federal em relação as crianças “toda criança na escola” !!!.
Realmente, se deve valorizar mais o professor em sala de aula. Só que ocorreu um problema, as diversas áreas de trabalho da Secretaria de Educação não fazem somente serviços burocráticos, existe também o serviço de capacitação realizados por alguns setores com alguns professores responsáveis por essas capacitações. Tiveram suas Gratificações de Atividades Pedagógicas retirados (depois devolveram pela metade) por que esses professores responsáveis pelas capacitações não são considerados professores e sim Técnicos na Área de Educação!!! É bom lembrar, que para você capacitar tais professores, os professores em tais setores tem que dar aulas de capacitação para os professores em sala de aula.
Em decorrência desses acordos entre o SINTESE e o Estado: os professores que dão aulas de capacitação passaram a receber um salário menor que os professores que estão recebendo as aulas de capacitação! Como resultado desta politica, os setores responsáveis de capacitar os professores em sala de aula se esvaziaram, já que os professores procuraram retornar para as sala de aula. No setor onde trabalho, da época da implantação do Piso Salarial dos Professores até agora, passou de 47 para 24 pessoas e deses apenas dezenove são professores (desses três se aposentam no próximo ano).
Inclusive, eu que estou escrevendo este texto no momento, sondei a DEA para ver se tinha a possibilidade de meu retorno para sala de aula. O problema é que para preencher a minha carga horária eu teria que dar aulas em quatro colégios diferente e me tornaria um Professor Cigano (clique aqui). Como um dos motivos de ter saído da sala de aula é justamente essa ideia de Professor Cigano, ainda estou aqui na DITE (Divisão de Tecnologia de Ensino).
Nesse caso ocorre duas contradições:
a) No discurso o sindicato exige a capacitação dos professores e na prática o que ocorre é a retirado de direitos de professores responsáveis destas capacitações ou mesmo falta de conhecimento que existam setores responsáveis para tal fim!
b) Os professores que são responsáveis pela capacitação de outros professores, não são considerados professores (pela Secretaria de Educação) e tem que dá capacitação (aulas) recebendo um salário menor que os supostamente seus alunos!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Falando em Mais-Valia!!!!

          O termo Mais Valia foi criado por Karl Max e e explicado no livro O Capital. Aqui neste espaço, eu publiquei um texto intitulado "O Professor e a Mais Valia Relativa", onde se explica como é tirado a Mais Valia do trabalho do professor (clique aqui).  Recebi a estória em quadrinhos de uma a pessoa (ela não se identificou e não sei porque!!!!) :

domingo, 8 de maio de 2011

FILA, ORA A FILA

         Este texto eu consegui no grupo Cidadania Brasil faz dois anos e que agora estou republicando. Atualizadíssimo!

         Proponho a todos o seguinte: Mudança na FILA! Isso mesmo! Uma mudança radical, a começar pelo conceito. Engana-se o nosso respeitoso Dicionário Aurélio quando afirma: "fila = fileira de pessoas que se colocam umas atrás das outras pela ordem cronológica de chegada...". Justifico-me desta forma: primeiro, não há uma fila onde as pessoas se coloquem nessa disposição, sempre existirá um "alguém" que achará um "outrem" que permitirá que aquele fique em seu lugar, ou melhor, não exatamente em seu lugar, mas ao lado, esquecendo das outras tantas que o sucedem na "fila", resultando naquele aglomerado paralelo. E afirmo que, seja qual for o tamanho da fila, os furões hão de tirar proveito daquele vizinho, do porteiro, da comadre, do amigo, do guardador de carro e até mesmo da pessoa que se prestou a fornecer algumas informações. Quando você menos espera, pronto, lá estão eles, sendo atendidos. Segundo, a "ordem de chegada" deveria se chamar "ordem de encaixe" ou "ordem telefônica" ou "ordem do poder", "ordem de influência" ou até mesmo a famosa "ordem do senhor chegado", aquela famosa pessoa que implora por exceção, o jeitinho cara-de-pau de se dar bem. E, por último, a mudança do nome "fila" para "aglomeração quem se importa?". 
           Outro dia, na hora do almoço, presenciei algumas cenas interessantes ao entrar na "fila" de um bazar realizado pela Receita Federal, a começar pelo cartaz que dizia: "a melhor forma de atendimento é a fila". Sendo assim, resolvi ficar naquela "fila" e, pasmem, durante uma hora fiquei exatamente no mesmo lugar, enquanto senhores bem apessoados, com seus celulares top de linha e seus assessores, destruíam o conceito de ordem de chegada e o mais importante, o respeito a outras pessoas que, independentemente da classe social, se propunham a seguir as regras de uma boa "fila". E, por mais uma vez, fui impedida de desfrutar do meu direito de usuário de uma "fila", o de ser atendida. O que esperar de um país onde a mais simples manifestação de democracia é bruscamente rompida por pessoas que acreditam deter o poder do "eu posso mais que você"? Onde vamos para com tamanho desrespeito aos direitos mínimos? E quem determina que um seja melhor que o outro?
          Há quem se justifique com tom de autoridade: "não tenho tempo para ficar em filas...", outros afirmam: "sou uma pessoa muito ocupada". E reflito, acabo de passar de usuário de "fila" para uma "à-toa no mundo", pelo simples fato de agir com respeito a regras. A falta de bom senso e educação está por todos os lados: nos aeroportos, no trânsito, nos hospitais, nos bancos, nos supermercados, nas padarias, nos shows, nos postos de gasolina, nas lojas, nos shoppings e até no acesso a elevadores, azedando assim o dia daqueles que respeitam e seguem as regras.
         Aproveito para levantar a bandeira da igualdade social e da transparência nacional, exijo que sejam respeitadas as filas das vagas para as escolas públicas, a fila dos transplantes, a fila dos concursos públicos, a fila dos aprovados no vestibular, a fila das oportunidades de emprego, essas e outras tantas que, vergonhosamente, são manipuladas e compradas por furões patifes. Sustentarei a minha bandeira nos princípios fundamentais de nossa Constituição e nos pilares da democracia, ou seja, na dignidade da pessoa humana, na igualdade e nos direitos humanos. Furar fila é antiético e imoral. É faltar com respeito ao próximo, é atrapalhar o funcionamento ordenado das coisas. Sem as filas nos resta a desordem. Taí um bom nome para substituirmos a "FILA", "DESORDEM".


Escrito por
Carol Damasco
Publicitária, pós-graduada em marketing.