quarta-feira, 27 de junho de 2012

SOBRE A MATEMÁTICA

A matemática é a ciência do raciocínio lógico e abstrato. Esta ciência vem sendo construída ao longo dos séculos. 

Resultados e teorias milenares se mantêm válidos e úteis e, ainda assim, a matemática continua a desenvolver-se permanentemente. 

Registros arqueológicos mostram que a matemática sempre foi parte da atividade humana. Ela evoluiu a partir de contagens, medições, cálculos e do estudo sistemático de formas geométricas e movimentos de objetos físicos. 

A matemática se desenvolveu principalmente na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia, na Índia e no Oriente Médio. 

A partir da Renascença, o seu desenvolvimento intensificou-se na Europa, quando novas descobertas científicas levaram a um crescimento acelerado que dura até os dias de hoje. 

A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas do conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia e ciências sociais. 

Um dos educadores que fizeram isso com maestria foi o professor Júlio Cesar de Mello e Souza (1895-1974), que usava o pseudônimo de Malba Tahan (foto). “O que considero mais relevante nos livros do professor Júlio Cesar é a junção genial de ciência, imaginação, matemática e cultura árabe”, diz Cristiane, que é estudiosa da obra do autor. 

O livro mais conhecido de Malba Tahan, “O Homem Que Calculava”, é um conto matemático. São narrativas que se desenrolam com a personagem Beremiz Samir e utilizam conceitos como história da matemática, resolução de problemas e etnomatemática, entre outros. 

Malba Tahan conquistou leitores no mundo inteiro, através da matemática, e mostrou que o aprendizado da ciência pode ser muito divertido. 

Em sua homenagem, o dia do seu aniversário, 6 de maio, foi decretado o Dia Nacional da Matemática. 

Eu mesmo já li esse livro três vezes. 

Edição:Filipe de Sousa

sábado, 23 de junho de 2012

INFLUÊNCIA DOS POVOS NA CULTURA BRASILEIRA

Por: Antônio Carlos Vieira

Falta de conhecimento ou discriminação!

Nos livros didáticos consta que a formação do povo brasileiro se deu por influência do negro (nativo africano) do índio (nativo americano) e dos portugueses. Posteriormente vieram se somar a nossa populção: alemães, espanhóis, holandeses, poloneses, italianos, japoneses, coreanos, etc.

A impressão que fica é que a influência dos nativos americanos (índios) e nativos africanos (negros) foi menor por se tratar de apenas dois povos!. 

Esta impressão é reforçada pelos grandes meios de comunicação que mostram nossos nativos e os africanos de forma homogênea. Os índios são mostrados como fossem iguais em todo o território nacional e os negros como se tivessem vindo de um único país com uma única cultura.

sábado, 16 de junho de 2012

A PEDAGOGIA DO PARADOXO


Letramento – palavra bonita, não? 

Ultimamente é moda utilizá-la em propostas, discursos e conferências educacionais, e quem ainda não a adicionou em seu léxico pedagógico, é visto com maus olhos. Sua pronuncia soa como a solução de todos os problemas ligados à aquisição da leitura e da escrita, talvez até cure os mais variados tipos de dislexia dos educandos brasileiros, inclusive os de origem patológica.  

Como? Letrando-os de acordo com a visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais, principalmente o de Língua Portuguesa destinado ao ensino de 1ª a 4ª séries. 

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – em tese é o que há de mais moderno no campo educacional brasileiro, na prática não passa de confusão metodológica. Para os mais esperançosos, talvez seja esse, o PCN de Língua Portuguesa, o “Redentor” que salvará a educação brasileira do analfabetismo.  

De que modo? Mergulhando os alunos nos mais diversificados gêneros textuais – eu rogo para que não os afogue nesse  tsunami  intelectual, já que a maioria nem domina as correspondências entre grafemas e fonemas que, segundo pesquisas científicas internacionais e nacionais (como é o caso de estudos desenvolvidos pelo laboratório de neuropsicolinguística cognitiva da USP), deveriam ser ensinadas durante a alfabetização. 

Alfabetização – vocábulo que não se encontra mais em voga em tempos construtivistas, ou, dentro de uma visão mais otimista, palavra que sofrera certo tipo de mutação didático-pedagógica: a qual alterou seus cromossomos ABC para o método global. Sua definição, segundo os PCNs, está totalmente em discórdia com as visões de um simples dicionário ou das mais criteriosas pesquisas internacionais, e no que diz espeito à sua aplicação dentro da sala de aula, foge totalmente à metodologia adotada por países desenvolvidos: o método fônico. 

Método Fônico  – no Brasil, tais palavras são palavrões; em países como Finlândia, França, Dinamarca, Inglaterra, Estados Unidos e Austrália, nada mais é do que o que há de mais eficaz no processo de alfabetização, visto que sua ênfase está voltada ao ensino explícito das correspondências entre os grafemas e os fonemas e para o desenvolvimento da consciência fonêmica e fonológica. 

Como já foi dito anteriormente, no Brasil virou tendência falar-se em letramento e todos os seus mais variados conceitos que o engloba, porém, particularmente, oponho-me a tal ideia, a partir, entretanto, do momento em que o termo em questão transforma-se em esquiva construtivista que visa à negação de uma alfabetização organizada, sistemática e, por tanto, metodizada. 

É comum, nos cursos de pedagogia, nos depararmos com uma formação docente voltada para ensinar nossos futuros alunos a brincarem e dançarem enquanto estiverem em âmbito escolar. Porém, futuramente, quando o Ministério da Educação (MEC) aplicar suas provas de CONTEÚDOS TRADICIONAIS, será que os alunos poderão responder “nesse momento estávamos brincando de roda”? Ou, em outras palavras: faço-os dançarem e, na hora da prova, eles... 

A – (  ) respondem corretamente a questão. 
B – (  ) comemoram por saber a resposta certa. 
C – (x) dançam... 

Condena-se, alegando ensino mecanicista e tradicional, a aplicação, a transmissão de conteúdos e a memorização dos mesmos e até do abecedário, porém, paradoxalmente, treinam os alfabetizandos, a partir de uma abordagem ideovisual (método global), a memorizarem visualmente as palavras e, o que é pior, aplica-se exames empiristas. Ora, se é proibido codificar e decodificar palavras, como é que os construtivistas leem a Psicogênese da Língua Escrita?  

E se não se pode ensinar os educandos as habilidades necessárias para a codificação e decodificação, como 
eles aprenderão a ler e a escrever? 

Diante de tudo isso, não é difícil perceber a estratagema política arraigada nos documentos oficiais brasileiros que, por caráter natural de sua própria nomenclatura, deveriam orientar a educação nacional, e não ao contrário. Ficando, em suas entrelinhas, uma pergunta que só os ousados podem se dar ao luxo de questionar e responder: a quem tal disparidade pedagógica beneficia?  

Eu já questionei, agora passo a você, portanto, a tarefa de responder o enigma do MEC.

Edvaldo dos Reis Oliveira Filho 
edvaldofilho_oliveira@hotmail.com 
http://edvaldodosreis.blogspot.com/ 

sábado, 9 de junho de 2012

LUTAR OU CONTINUAR ASSIM


Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320 

O imediatismo tomou conta de nossas vidas e na velocidade que tudo acontece, caminhamos para a exaustão e trocamos caminhos por atalhos; nossas crianças pulam etapas da infância e homens e mulheres com medo de envelhecer perdem o bom senso.

A cada momento são lançados no mercado, livros, músicas e filmes na mesma proporção em que surgem produtos milagrosos para emagrecer, anabolizantes para definir o corpo, ervas milagrosas para curar doenças, tudo em nome da beleza e sucesso imediato, sem primar pela saúde, qualidade e ética.

A hierarquia está às avessas; filhos mandam nos pais, alunos desrespeitam professores, bandidos enfrentam polícia, menores vão para a noite sem os adultos, assassinos vivem livremente e nós ficamos presos em casa. 

 Nossa realidade está cada vez mais cruel, enfrentamos quimeras de uma democracia que queima pontes que nos fazem perder conexão com as verdades. Estamos acumulando informações e não conhecimentos, permitimos que a televisão despeje em nossas salas a violência sangrenta e suja e programas que “emburrecem”. Estamos enfrentando o caos, mães competem com ratos para garantir a comida e com drogas para não perderem seus filhos. 

Como marcar um compromisso com o futuro se estamos nas mãos de manipuladores que nos destroem, pisoteando valores imprescindíveis para formação do caráter e substituindo por outros que determinarão um futuro que não será dos melhores? 

Precisamos lutar, mesmo que a solução pareça cada vez mais distante. Se não dermos o primeiro passo, nunca a alcançaremos, caminhemos unidos pela força e façamos obras de nossa própria autoria, deixaremos um passado limpo e teremos vivido intensamente por uma causa justa e, só assim, nossas crianças aprenderão para depois construir. Nossa luta é imprescindível para soltar as amarras desse confinamento moral e social a que estamos submetidos e sair desse quadro de miseráveis e alienados ao qual nos emolduraram. 

Necessitamos reaver nosso direito de ir e vir, de estudar, comer e viver dignamente. Boca vazia não enche barriga, mente vazia não enche a alma e sem luta não se chega a nada.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Me engana que eu gosto...

Qual é a embalagem do açúcar que você compra? 
Saco plástico. 
Onde vem o sal que você compra? 
Em saco plástico. 
E a farinha de trigo, de mandioca, o fubá, o feijão, o arroz nosso de cada dia? 
Todos embalados em sacos plásticos. Onde é que você coloca as frutas e os legumes que você compra no supermercado? 
Em sacos plásticos. 
Onde vem os remédios que você compra nas farmácias? 
Em sacolas plásticas. 

E, por acaso, esta profusão de sacos plásticos que fazem parte do seu dia a dia não poluem o ambiente? 
Não destroem o planeta? 
O único saco plástico que polui é a sacola plástica que você recebe dos supermercados? 
Aquelas mesmo que você recicla colocando seu lixo de casa. 
Aquelas que, se for civilizado, você usa para apanhar e descartar as cacas do seu cachorro. 
Aquelas mesmo que as grandes redes de supermercado querem parar de fornecer a você na hora das compras. 

E o que eles dizem? 

Que elas são as responsáveis pela poluição do nosso planeta. Por que só elas? 
Só o plástico com que elas são feitas poluem rios, destroem as matas, tornam nosso mundo menos habitável? 
Mas porque só elas? 
Quem disse? 

As grandes redes de supermercado. 

E quem ganha com isto? 
O planeta? 
Me engana que eu gosto. 

Além dos fabricantes de rolos de sacos de lixo, que também são feitos de plástico, quem mais ganha com a proibição das sacolas de plástico são as grandes redes de supermercado que, a partir de agora, em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo, não terão mais despesa alguma com o consumidor. 

Depois que ele pagar — e muito bem — os produtos que comprar o problema de levar os produtos para casa passa a ser só do consumidor. 

Como você vai levar seus produtos para sua casa? Problema seu. 
Até porque não são eles que vão entrar nos ônibus cheios, nos trens lotados, no metrô entupido, nas barcas sobrecarregadas, levando uma caixa de papelão. 

Uma mala sem alça. 
E ainda querem convencer você, pessoa de boa fé, que está ajudando na reconstrução do planeta. 
Não é meigo? 
Não. 
Acho cínico. 

E a parte deles? 
Bom, eles vendem a você sacolas retornáveis. 
E sabe o que acontece dentro delas? 

Se você não limpá-las, adequadamente, lavando com água e sabão, bactérias e fungos crescem dentro delas. 
Sabia também que o correto seria usar uma sacola para carnes, outra para vegetais e outra para produtos de limpeza? 
Sabia que elas não podem ser feitas de produto muito resistente, com muitas tramas? 
Porque as bactérias se entranham nos tecidos mais fortes com mais facilidade. 

E então? 
Mais tranquilos? 
Vai dar trabalho, ficará mais caro e você ainda acha mesmo que vai ajudar a salvar o planeta? 
Já existem sacolas de material que se deteriora em pouquíssimo tempo, por que os supermercados não adotaram essa alternativa? 

Por uma questão muito simples: L U C R O, não interessa a eles salvar nenhum planeta, interessa aumentar seus lucros e pegaram carona nessa mentira. 


Leda Nagle


Texto retirado no Jornal Gazeta Valeparaibana