Esse texto foi escrito em janeiro de 2010, mas o tema continua bem atual.
Por Antônio Carlos Vieira
Ouvem-se muito os professores e sindicato cobrando mais valorização com a educação. Inclusive uma das premissas, utilizadas, são os baixos salários (que são). E os professores, principalmente os ligados ao sindicato, fazem aqueles pronunciamentos detalhando as péssimas condições físicas e estruturais das nossas escolas. Só que não é preciso fazer grande detalhe, das nossas escolas, para saber que a nossa educação não é valorizada.
Por Antônio Carlos Vieira
Ouvem-se muito os professores e sindicato cobrando mais valorização com a educação. Inclusive uma das premissas, utilizadas, são os baixos salários (que são). E os professores, principalmente os ligados ao sindicato, fazem aqueles pronunciamentos detalhando as péssimas condições físicas e estruturais das nossas escolas. Só que não é preciso fazer grande detalhe, das nossas escolas, para saber que a nossa educação não é valorizada.
Devemos observar de como a população faz uso dessas escolas em termos de acesso e utilização. Se observarmos, quando as escolas são entregues a população e entram em funcionamento (às vezes são reformas) estão em boas condições de utilização. Depois de um ano, a grande maioria, as escolas se encontram depredadas pelos próprios alunos e moradores das adjacências da escola. Em alguns casos são furtadas equipamentos e tudo mais. Em algumas localidades se roubam até telhados das escolas. É bem provável que esses furtadores apareçam depois cobrando melhores escolas para seus filhos.
Só que para sabermos se a educação é ou não valorizada não é preciso usar estes argumentos citados acima. Basta olharmos como as pessoas, que administram e trabalham a escola, valorizam essas mesmas escolas. Para isso vão algumas perguntas:
a) quantos prefeitos e governadores têm seus filhos estudando em escolas públicas? Eles representam o Poder Executivo e são os responsáveis pela parte administrativa dessas escolas.
b) quantos deputados (estaduais e federais). Senadores e vereadores têm seus filhos nestas escolas? Estes são responsáveis pela criação de projetos para a educação e devem observar como o poder executivo está administrando a coisa pública.
c) quantos juízes, procuradores e demais funcionários do Poder Judiciário têm seus filhos estudando nessas escolas públicas?. Eles são os responsáveis de cobrarem do poder executivo legislativo que se cumpram as leis responsáveis para que essas escolas funcionem bem.
d) quantos professores, e funcionários que trabalham na Rede Pública (estadual, municipal e federal), que possuem condições financeiras, colocam seus filhos para estudarem nessas escolas que eles mesmos trabalham e lecionam? É claro que existem professores que moram em cidades que a única opção é a escola pública. Será que os Secretários de Educação e chefes de Departamento (municipais e estaduais) têm seus filhos estudando na Rede Pública?
O mais interessante é que recentemente o Sindicato dos Professores da Rede Pública do Estado (SE) mostrou um resultado de uma pesquisa, feita junto a população, dando nota 4,6 a educação oferecida pelo estado e se utilizaram desta pesquisa para criticar o Estado. Em minha opinião é meio estranho! Os professores também não são parte responsável pela qualidade do ensino?
A SEED (SE) também mostrou uma pesquisa mostrando um grau 64% de satisfação boa por parte dos alunos em relação escolas. Será que eles mostraram aos alunos o que seria uma boa escola?
Se essas pessoas achassem que a Educação da Escola Pública é de qualidade elas colocariam seus filhos para estudarem nessas escolas.
Só que para sabermos se a educação é ou não valorizada não é preciso usar estes argumentos citados acima. Basta olharmos como as pessoas, que administram e trabalham a escola, valorizam essas mesmas escolas. Para isso vão algumas perguntas:
a) quantos prefeitos e governadores têm seus filhos estudando em escolas públicas? Eles representam o Poder Executivo e são os responsáveis pela parte administrativa dessas escolas.
b) quantos deputados (estaduais e federais). Senadores e vereadores têm seus filhos nestas escolas? Estes são responsáveis pela criação de projetos para a educação e devem observar como o poder executivo está administrando a coisa pública.
c) quantos juízes, procuradores e demais funcionários do Poder Judiciário têm seus filhos estudando nessas escolas públicas?. Eles são os responsáveis de cobrarem do poder executivo legislativo que se cumpram as leis responsáveis para que essas escolas funcionem bem.
d) quantos professores, e funcionários que trabalham na Rede Pública (estadual, municipal e federal), que possuem condições financeiras, colocam seus filhos para estudarem nessas escolas que eles mesmos trabalham e lecionam? É claro que existem professores que moram em cidades que a única opção é a escola pública. Será que os Secretários de Educação e chefes de Departamento (municipais e estaduais) têm seus filhos estudando na Rede Pública?
O mais interessante é que recentemente o Sindicato dos Professores da Rede Pública do Estado (SE) mostrou um resultado de uma pesquisa, feita junto a população, dando nota 4,6 a educação oferecida pelo estado e se utilizaram desta pesquisa para criticar o Estado. Em minha opinião é meio estranho! Os professores também não são parte responsável pela qualidade do ensino?
A SEED (SE) também mostrou uma pesquisa mostrando um grau 64% de satisfação boa por parte dos alunos em relação escolas. Será que eles mostraram aos alunos o que seria uma boa escola?
Se essas pessoas achassem que a Educação da Escola Pública é de qualidade elas colocariam seus filhos para estudarem nessas escolas.
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Cadê os Interessados na Educação.
Cadê os Interessados na Educação II.
Texto original : CARLOS GEOGRAFIA
A questão de fundo não é educacional, é cultural, em geral as pessoas tem prazer ao criticar, difamar, menosprezar tudo o que tem e o que não tem, embora fiquem desejando coisas que consideram da classe alta, esta cultura deve ter sua origem nas capitanias hereditárias, que segregou alguns proprietários com tudo e a maioria com nada que se sujeitavam viver com os restos possíveis mas nem sempre aceitáveis. Sem uma mudança nesta cultura não há escola, educação e profissional que sirva, porque se um destes for para Harvard e lá cair o véu de sua ilusão e descobrir que a excelência está no esforço pessoal e não no que lhe é concedido passará a falar mal de Harvard também.
ResponderExcluirA questão da melhoria da valorização e melhoria das Escolas Públicas é uma questão cultural, mas de ordem coletiva. sem o engajamento e desejo coletivo não é possível mudanças. O problema é a grande imprensa controlado por aqueles que não querem mudanças sociais de verdade fazendo a cabeça para que nada mudem.
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