sábado, 22 de dezembro de 2012

A Educação Superior merece atenção.

Não pode haver desenvolvimento de um país se não houver investimento em educação. Sempre foi dito que o Brasil era o país do futuro, pois esse futuro está batendo a nossa porta, o momento é agora, o ensino superior tem que continuar crescendo e se tornar acessível a todos. Ainda é pequeno o número de jovens que consegue chegar ao fim de uma faculdade. 

Uma das formas do ensino superior alcançar mais pessoas é através dos cursos de EAD (Educação à Distância). A educação à distância rompe paradigmas, o aluno não precisa necessariamente estar presente para ter um bom aprendizado. 

Uma análise feita pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) constatou que o Brasil está entre os países que mais investe em educação básica e de nível médio no mundo, mas as verbas públicas para o ensino superior e para a pesquisa continuam sendo inferiores. 

Em 2007 foi lançado o PDE ( Plano de Desenvolvimento da Educação ) que dentre outras coisas contém alguns princípios que norteiam a educação superior, entre eles estão: expansão da oferta de vagas; garantia de qualidade; promoção de inclusão social pela educação, garantindo que ela valorize todos os jovens de todas as classes sociais. Ordenação territorial para tornar o ensino acessível inclusive nas regiões mais distantes do país; desenvolvimento econômico e social, para que se formem profissionais qualificados, invista-se em conhecimento científico-tecnológico, pois não existe progresso sem investimento em pesquisa e tecnologia. 

Uma economia forte se faz com pessoas qualificadas, precisamos investir na educação superior com qualidade, para termos competitividade no mercado internacional. Aproveitar nossos estudantes, capacitando-os e qualificando para que possam entrar no mercado de trabalho e competir de igual para igual, mais estudo significa melhores salários, uma boa remuneração gera uma vida mais digna. 

O ensino superior no Brasil abrange um número diversificado de instituições públicas e privadas que oferecem vários tipos de cursos, abrangendo vários níveis de ensino que passam pela graduação e pós- graduação. 

O país está crescendo economicamente e junto com ele cresce a produção. 

Precisamos decidir se queremos investir tempo, dinheiro, tecnologia e qualificar nossos cidadãos, ou se queremos continuar a passos lentos. O mercado exige cada vez mais profissionais de alto padrão. Em um mundo globalizado em que a informação é rápida e dinâmica, em que todos os setores da economia sofrem transformações, o estudante tem que incorporar todas as informações que puder, utilizando de todos os recursos disponíveis para poder competir no mercado de trabalho. 

Para sobreviver nesse novo mercado que se apresenta e para garantir um futuro melhor, com qualidade de vida e dignidade aos nossos cidadãos, precisamos diminuir as desigualdades sociais, permitindo o acesso de todos à educação, ao esporte, a cultura, empreender esforços para que nossos jovens concluam o ensino superior. Uma sociedade mais justa e igualitária se torna uma sociedade melhor. 

Mariene H.de Freitas - email: marihfreitas@hotmail.com 
Professora e Especialista em Direitos Humanos

Texto retirado no JORNAL GAZETA VALEPARAIBANA

domingo, 16 de dezembro de 2012

Educação e investimentos


Mais dinheiro ou melhor gestão?

O professor Amaury Patrick Gremaud, da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), disse que o efeito de uma boa gestão é maior do que o de um grande investimento na educação pública brasileira.  

Segundo o professor, ainda é preciso lutar por mais dinheiro, porém uma melhora da gestão dos recursos públicos, poderá trazer efeitos importantes. Gremaud participou de uma discussão sobre o tema. 

Além dele, Paulo Cesar Malheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) também estava no debate sobre financiamento da educação. 

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o investimento do Brasil por aluno é 22% do Produto Interno Bruto (PIB) da renda per capita, enquanto nos países da OCDE, a maioria desenvolvido, como Finlândia, Estados Unidos e Canadá a média  de aplicação é de 27%. 

O professor lembra que a diferença do índice não é tão grande - de 5% - porém é preciso levar em conta a disparidade entre as rendas do Brasil e dos países do OCDE. 

Para elucidar a diferença, Gremaud aponta a média de investimento por aluno em toda a educação, de infantil a nível superior. Enquanto no Brasil, o valor é de 2.416 dólares, nos países do OCDE, o número sobe para 8.961 dólares. 

Gremaud disse que o ideal seria o Brasil subir o investimento de 5% do PIB para 7%, pelo menos por um período determinado. Ele afirma que, ao contrário de outros países da OCDE, o Brasil tem "um passado a cuidar e ainda precisa incluir crianças e adolescentes que estão fora da escola", pois o sistema de ensino não está estabilizado. "Lutar por mais recurso na educação ainda é importante, mas a gestão do dinheiro é mais importante", diz. Sobre a melhor forma de gerir os recursos, Gremaud afirma que não há receita já que o Brasil tem  regiões muito distintas. 

Não há uma resposta única, as políticas públicas têm de atacar vários pontos. O plano de carreira, por exemplo, pode ser importante para um município e não para outro. 

Os efeitos são diferentes. 

Esse é um grande problema. 

Da redação 

Fonte: http://gazetaweb.globo.com

Texto rEtirado do jornal GAZETA VALEPARAIBANA

domingo, 9 de dezembro de 2012

Centro e periferia desigualdades educacionais

Por todo o país e mesmo dentro de uma única cidade, se multiplicam as diferenças entre as escolas, inclusive  da mesma rede. Pode ser que umas apresentem melhor infraestrutura e mais acesso a serviços do que utras.  

O projeto político-pedagógico e o corpo docente podem ser diferenciados. Mas, mesmo que algumas diferenças sejam naturais, o problema é quando se tem, na verdade, desigualdades que afetam o desempenho dos alunos. 

Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), de São Paulo, começou a se questionar, em 2000, se essas desigualdades poderiam ser produzidas de acordo com a localização da escola: no centro ou na periferia, ou, mais especificamente, em regiões com alta concentração de pobres, mais heterogêneas e mais ricas. Diferentes estudos têm mostrado que existem sim diferenciais significativos entre escolas públicas. As notas do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) de 2003 mostram, no caso das provas de Língua Portuguesa na 4a série, que a média de desempenho é maior nas áreas centrais. 

O primeiro passo da pesquisa do CEM foi fazer um grande mapeamento de escolas de Educação Básica estaduais, municipais e privadas da Grande São Paulo, além fazer estudos de oferta e demanda de vagas. “O que descobrimos, nesse primeiro momento, é que a escola de Ensino Fundamental está muito universalizada”, conta o cientista social Haroldo Torres. Já sabemos que esse é um fenômeno recente. E será que a escola está preparada para garantir a mesma qualidade de ensino em diferentes regiões e para crianças de diferentes classes sociais? 

Uma questão central que o estudo procura compreender é até que ponto as instituições educacionais e a atitude dos professores e profissionais da Educação podem ou não induzir as desigualdades. O CEM realizou uma pesquisa, em 2004, entre a população adulta 40% mais pobre da cidade para identificar por que é diferente ser pobre em uma região rica e em uma pobre. 

Foram observados dois indicadores que influenciam o desempenho escolar das crianças: infra-estrutura e serviços associados ao ensino (merenda escolar, transporte, uniforme, biblioteca, computadores) e o tempo de permanência na escola. Quanto aos serviços, percebeu-se que tanto no centro como na periferia, em geral, os alunos têm acesso a eles. 

Os benefícios estão mais condicionados ao fato de a escola ser municipal  ou estadual. Já quando se olha para o tempo de permanência, as escolas de periferia, em média, apresentam mais turnos e crianças chegam a ficar menos de 4 horas no local. 

Outro momento da pesquisa foi entrevistar os professores de 1a a 4a série das redes estadual e municipal. Desse levantamento surgiram questões que ainda serão confirmadas com uma pesquisa quantitativa - já em andamento -, mas que são geradoras de um debate interessante. “Observamos que há uma frequência muito maior de professores substitutos e temporários em escolas da periferia”, conta Haroldo. 

Aí entra o mecanismo do concurso público, que, de acordo com o pesquisador, é um processo justo, democrático e meritocrático, mas que pode ter efeitos problemáticos. Os melhores classificados escolhem a escola de sua preferência, que tenha um bom ambiente de trabalho (segundo avaliação pessoal) e seja perto da sua casa. Além disso, os contratados podem pedir remoção depois de um ano. 

Muitas escolas das áreas periféricas acabam recebendo professores com pior classificação nos concursos e 
menos experientes. Com uma rotatividade tão grande de profissionais (se incluem diretores, coordenadores 
e supervisores), como construir um projeto pedagógico consistente? 

“Os professores dão depoimentos de falta de estrutura na escola, falta de projeto pedagógico e até da figura do diretor nem sempre presente. Mas a gente sabe que existem exceções muito importantes, em todas as questões abordadas”, relata Haroldo. 

Outro depoimento relevante que colheram foi o de episódios de preconceito contra crianças pobres e regras. No artigo Educação na periferia de São Paulo: ou como pensar as desigualdades educacionais?, os autores dizem que “esse aluno [negro, pobre e residente em favelas ou na periferia] já parece estar fadado a um baixo desempenho ao entrar no sistema escolar, condenado à priori por aquele que o deveria acolher e educar”. Haroldo Torres enfatiza que de nada adianta apenas culpabilizar o professor. O mais importante seria pensar em políticas que o preparem para lidar com crianças de outras origens sociais. 

É importante perceber que as desigualdades de desempenho escolar vão muito além das características individuais dos alunos. Todos os que eram alvo da pesquisa eram pobres, muitos tinham pais com pouca ou nenhuma escolaridade, mas frequentavam instituições muito diferentes entre si, por estarem localizadas em regiões diferentes da cidade. 

Os pesquisadores chegam em um quadro que chamam de “paradoxos da universalização”. 

Por que mantém-se, por exemplo, as mesmas regras de distribuição de recursos e alocação de profissionais para todas as escolas, sem considerar as necessidades reais de cada uma? 

Como você, professor, vê a questão da diferenciação entre as escolas?

É possível compensar as desigualdades com um outro tratamento a escolas de áreas?

Por: Amanda Polato

Texto retirado do jornal GAZETA VALEPARAIBANA

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Direitos autorais na internet

A internet é uma ferramenta incrível que, entre outras coisas, permite a distribuição em larga escala de qualquer informação. Antes da internet, qualquer tipo de informação precisava vir em um meio material, físico, seja um livro, um disco ou até mesmo um disquete de um programa de computador. Mas agora, tudo é informação que circula livremente pela rede. 

Acontece que a legislação brasileira protege qualquer tipo de informação produzida no país, seja ela virtual ou não. A lei 9.610 de 1998 diz que qualquer tipo de produção intelectual produzida, seja ela registrada ou não, publicada ou não, está protegida. 

Mas o que isso quer dizer para o usuário da internet? 

Que cuidados é preciso ter? 

Panorama Geral dos Direitos Autorais no Brasil 

A lei que versa sobre os direitos autorais no Brasil é bastante extensa e rege muitas áreas e detalhes sobre os autores e suas obras. Mas, aplicando essa lei para a internet, podemos pensar em quatro grupos básicos: a propriedade intelectual, o direito de uso, o direito de distribuição e a exploração comercial. 

Propriedade Intelectual e Plágio 

Basicamente, todo autor é considerado dono de sua obra, pelo menos  dono do conteúdo enquanto criador. É isso que se chama de “propriedade intelectual”. Ninguém pode pegar uma obra, texto, vídeo, música ou qualquer outra coisa e publicar ou distribuir como se fosse de outra pessoa sem autorização do criador daquele conteúdo. O roubo de propriedade intelectual é conhecido como “plágio” e é considerado crime. 

Mas, incrivelmente, muita gente faz isso na internet e vive disso. Um site de sucesso fez sua fama copiando conteúdo de sites menores e colocando tudo em seu site dizendo que é conteúdo dele. De tanto que ele fez isso, já se cunhou o verbo “kibar” como sinônimo de plágio feito na internet. Isso é bastante comum entre blogs pessoais, pois não há como fiscalizar nem comprovar propriedade do conteúdo. Quase ninguém irá processar o “kibador” por causa de um vídeo ou postagem copiado. 

Direitos de Uso e de Distribuição 

O direito de uso geralmente é cedido às pessoas pelo próprio autor, contanto que mantida a integridade da obra original. Em outras palavras, o direito de uso permite que uma pessoa possa usar uma foto , citando o nome e site do autor se não modificar em nada a foto original. Esse é o caso das imagens de divulgação disponibilizadas online por produtoras. 

O direito de distribuição rege basicamente como e quanto uma obra pode ser repassada a outras pessoas. Um vídeo feito e lançado na internet pode ter sua distribuição limitada pela lei ou por desejo do autor ou detentor dos direitos sobre a obra. O problema é conseguir meios tecnológicos para limitar a distribuição. 

E por que alguém iria querer limitar que sua obra fosse divulgada? Talvez o autor prefira que só pessoas que paguem por sua obra possam vê-la, ou talvez ele queira que só pessoas que morem em determinada cidade tenham acesso. São limitações que o autor pode impor à sua obra e é um direito dele. 

O que prestar atenção na hora de colocar informação na Internet 

Por mais que exista uma lei que proteja o direito autoral de conteúdo intelectual, existem formas de disponibilizar tal conteúdo sem infringir a lei. A melhor delas é sempre citar a fonte de onde você tirou tal informação e nunca usar tal conteúdo para obtenção de lucro. 

Mais informações:  http://www.tecmundo.com.br

Texto retirado do jornal  GAZETA VALEPARAIBANA (PÁG. 13)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Os Jogos e a Educação


Os jogos têm um papel muito importante nas áreas de estimulação da pré-escola e é uma das formas mais naturais da criança entrar em contato com a realidade, tendo o jogo simbólico um papel especial. 

O jogo é uma característica do comportamento infantil e a criança dedica a maior parte de seu tempo a ele. 

O jogo, enquanto atividade espontânea da criança, foi analisado e pesquisado por centenas de estudiosos para melhor compreender o comportamento humano; é um meio privilegiado tanto para o estudo de crianças normais, quanto para aquelas com problemas, haja vista os inúmeros trabalhos psicanalíticos sobre o assunto, como os de Sigmund Freud, R. Waelder, Melanie Klein, Erik Erikson, e ainda, autores como J. Huisinga, Claparéde, Piaget, Vygotsky, Ajuriaguerra, Callois, que escreveram obras sobre o jogo na criança.