terça-feira, 15 de maio de 2012

RESPONSABILIDADE SOCIAL


Genha Auga - Jornalista MTB: 15.320


Emília sempre comentava nos intervalos para o café que sua maior alegria, seria ver o filho, Alfredo, entrar na faculdade. Um dia, chegou feliz com a notícia do sonho realizado, Alfredo entrou em uma faculdade particular e esperava ansiosamente pela barbárie do trote a que se submetem os alunos hoje em dia - “bullying” permitido. E assim foi...
Volta e meia, Emilia demonstrava sua preocupação com Alfredo. Percebia que o filho estava mais voltado às baladas e bebedeiras com a turma, emendava tantos feriados que aulas mesmo eram bem poucas. Embora preocupada, foi convencida pelo filho que era difícil essa vida de trabalhar e ficar debruçado nos livros – tinha que se divertir.
Os professores, Ah! Queriam ensinar e não conseguiam manter os alunos em sala de aula. Futuros ídolos que só queriam mesmo brilhar, brilhar!
Passados os quatro anos tão “penosos” para esses universitários, chegou finalmente o tão esperado dia da formatura. E lá estava Emilia às voltas com a comemoração. Contava para todos onde seria a festa; num lugar lindo, muitas luzes, músicas, muita alegria. Todos se formaram! Afinal, o que importava era o filho receber o tão esperado “canudo” - mesmo que com a mente vazia.
Durante esse tempo, não vi Alfredo levar uma vida dura de estudante universitário e sim Emília, trabalhando muito nesses anos todos para pagar a faculdade sempre tão cara e agora para dar um carro ao filho como prêmio pelo esforço. Afinal, como ele sempre dizia à mãe; estudar cansa, estressa.
Mediante este fato que nos dias atuais se repete, reflito sobre esse produto final que é o ensino, tão esvaziado de conhecimento, num país que galga a passos largos a escada da corrupção e atolado na ignorância; vejo um futuro ameaçador para nossa descendência.
Sim, isso mesmo, filhos e pais de universitários! Pois as consequências dessa educação que se expande por esse Brasil afora, será para todos nós, seremos destruídos por essa falta de responsabilidade social.
Mesmo que vocês, “Emilias e Alfredos”, não concordem!



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